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O ex-presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira que seu ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, “tinha autonomia”, após o advogado de Cid afirmar, segundo diversos veículos de imprensa, que seu cliente confessaria à Polícia Federal que agiu em nome de Bolsonaro no caso envolvendo a venda de joias recebidas de governos estrangeiros.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo em Goiás, onde será homenageado pela Câmara Municipal de Goiânia nesta sexta, Bolsonaro também disse que quer “clarear o mais rápido possível” o episódio das joias.
A Polícia Federal realizou na semana passada operação para apurar o suposto uso da estrutura do Estado para o desvio de joias ofertadas como presentes oficiais ao então presidente e posterior venda e ocultação de valores com o objetivo de enriquecimento ilícito de Bolsonaro, de acordo com decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
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Na quinta-feira, a revista Veja disse em reportagem que o advogado que representa Cid, Cezar Bitencourt, afirmou que o tenente-coronel havia decidido confessar sua participação nos crimes investigados pela Polícia Federal e irá dizer às autoridades que agiu para cumprir ordens do então presidente no caso das joias. Vários veículos de comunicação disseram ter confirmado a informação com o advogado.
No entanto, Bitencourt negou nesta sexta, também ao Estadão, ter dito que seu cliente faria tal confissão. O advogado afirmou que a revista Veja errou e que ele não tratou sobre o caso das joias, de acordo com o jornal.
Na entrevista ao Estadão, enquanto tomava um café em uma padaria da cidade goiana de Abadiânia, Bolsonaro também foi questionado sobre a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que determinou a quebra de seus sigilos e respondeu “sem problema nenhum”, ao mesmo tempo que reconheceu que a decisão “incomoda”.