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SÃO PAULO – O candidato à presidência Jair Bolsonaro voltou a ser destaque na revista britânica The Economist, desta vez em uma matéria sob o título “Brasília, we have a problem” (“Brasília, temos um problema”, em inglês). Segundo a publicação, o deputado seria um presidente “desastroso” e é um risco à democracia.
O artigo resume o cenário eleitoral dizendo que, dois meses antes da eleição, não há como prever o que irá acontecer, já que o líder das pesquisas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está preso e deve ser considerado inelegível, enquanto nenhum outro candidato chega a 20% das intenção de votos.
E é nesta situação que, segundo a Economist, um “segundo perigo” cresce, o crescimento de Bolsonaro. “Mesmo que ele não ganhe, o fato de ter chegado tão longe mostra que o centro da política está desmoronando. Rejeitar Bolsonaro seria a melhor maneira de reforçá-lo”, diz a publicação.
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Para a revista, o candidato é alguém que até recentemente era um parlamentar obscuro, que tinha como principal habilidade a de ofender os outros. O texto cita algumas das polêmicas frases já ditas pelo deputado, como, por exemplo, de que ele preferia ter um filho morto do que um filho gay, ou então quando ele disse que a deputada Maria do Rosário não merecia ser estuprada.
“Para brasileiros cansados ??de políticos, Bolsonaro parece um anti-político. Alguns empresários estão flertando com ele. Eles gostam de sua retórica sobre o crime e estão intrigados com sua recente conversão ao liberalismo econômico”, diz a Economist, dizendo que, porém, ele seria “um presidente desastroso”.
“Sua retórica mostra que ele não tem respeito suficiente com muitos brasileiros, incluindo gays e negros, para governar de forma justa. Há pouca evidência de que ele entende os problemas econômicos do Brasil bem o suficiente para resolvê-los”, continua a publicação, afirmando que ele é “uma ameaça à democracia”.
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Por fim, o artigo diz que Bolsonaro não tem apoio de nenhum partido político forte e que, se chegar ao segundo turno, as chances são de que os eleitores escolham com relutância uma alternativa, como Geraldo Alckmin. “Ele [Bolsonaro] não merece chegar nem tão longe”, diz o texto. “Não há espaço para complacência”, conclui a revista.
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