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SÃO PAULO – O presidente Jair Bolsonaro marcou uma reunião para a tarde desta terça-feira (12) com o grupo de aliados que mantém na bancada do PSL para informar que decidiu deixar a sigla. No encontro, que será realizado no Palácio do Planalto, o mandatário também deverá anunciar a estratégia para a criação de uma nova legenda.
Conforme noticiou o site do jornal Folha de S.Paulo, a tendência é que o presidente fique, pelo menos no curto prazo, sem partido. O nome do novo partido ainda não foi definido e exigirá tempo para a coleta das assinaturas necessárias para ser registrado no Tribunal Superior Eleitoral.
O jornal O Globo informa que a campanha para a criação da nova sigla pode ser lançada ainda nesta semana, com um site e um aplicativo. Caso os aliados de Bolsonaro não consigam levar consigo fatia do fundo eleitoral do PSL, a ideia é adotar um modelo similar ao do partido Novo, com cobrança de mensalidades e “crowdfunding” — as chamadas “vaquinhas virtuais”.
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A saída do partido já havia sido sinalizada por Bolsonaro em outubro. Com a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), há um receio de a vinculação com a sigla virasse munição para a oposição contra o mandatário, como a memória de casos envolvendo candidaturas de laranjas.
Atualmente, acredita-se que cerca de 20 deputados — em um universo de 53 pesselistas — estariam dispostos a deixar o PSL, segunda maior bancada da Câmara, e seguir Bolsonaro. Um obstáculo, contudo, é o risco de perda de mandato por infidelidade partidária.
Daí a importância da criação de uma nova legenda, que, além de evitar desgastes ao presidente, impediria a possibilidade de expulsão de bolsonaristas com cargos proporcionais que queiram seguir os passos do mandatário.
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