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Dezesseis brasileiros chegaram neste sábado (14) à cidade de Khan Younes, no sul da Faixa de Gaza, e estão hospedados no prédio de uma família palestina brasileira. O grupo estava até a manhã de hoje em uma escola católica na região da Cidade de Gaza, aguardando o início da operação de repatriação. A travessia chegou a ser suspensa pelo Itamaraty por motivos de segurança, mas o agravamento da situação do conflito fez com que o transporte ocorresse em caráter emergencial.
A segunda etapa da operação é a passagem para o Egito por Rafah. De acordo com o embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas, ainda não há data prevista para essa travessia. De Rafah, 22 brasileiros irão para um aeroporto onde serão resgatados por um voo da Força Aérea Brasileira (FAB). Do total de 22 pessoas que desejam evacuação, 14 são crianças, 8 são mulheres e 6 são homens adultos.
O Egito havia aceitado receber os brasileiros que desejavam sair da Faixa de Gaza, confirmou o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, nesta sexta-feira (13). Segundo ele, a população confinada na região deve sair neste sábado (14) pela passagem de Rafah, na fronteira entre a parte sul de Gaza e o Egito.
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“[Os cidadãos brasileiros] sairiam neste ônibus, que os transportará amanhã [sábado]. O que nós propusemos é que saíssem e fossem levados para um aeroporto, uma localidade muito próxima da fronteira, onde um avião da Força Aérea Brasileira, estará esperando”, confirmou Vieira em entrevista coletiva após uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
O governo brasileiro contratou ônibus para transporte dos brasileiros até a fronteira egípcia e aguardava a liberação pela passagem de Rafah pelo país africano.
Logo após o encontro, Vieira condenou a violência do conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas e fez um apelo para a criação de um corredor humanitário que permita a evacuação da população civil. “Ao final, após pedido de membros do Conselho de Segurança, o Brasil vai continuar a trabalhar continuamente com todas as delegações visando uma posição unificada do conselho para a situação”, afirmou.
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Segundo ele, o Brasil, que preside temporariamente o Conselho de Segurança das Nações Unidas, vai se esforçar para evitar uma catástrofe humanitária. “O objetivo imediato é claro e urgente: prevenir mais derramamento de sangue e perda de vidas e tentar garantir acesso humanitário urgente para as áreas mais atingidas”, declarou.
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Mais 69 brasileiros retornam ao País
O avião que desembarcou na madrugada no Rio de Janeiro foi o quarto da Operação Voltando em Paz, do governo federal. Por enquanto são 701 brasileiros repatriados em voos da FAB desde quarta-feira (11), quando chegaram os primeiros 211 resgatados. No dia seguinte, aterrissaram mais 214. Na sexta-feira, 69 passageiros desembarcaram em território brasileiro. Os voos de Israel para o Brasil duram cerca de 14 horas.
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Neste sábado, está prevista a decolagem de mais um voo KC-30 da FAB de Tel Aviv em direção ao Brasil. A chegada deve ser por volta das 2h30 de domingo (15). Possíveis novos voos de repatriação saindo de Israel estão sendo avaliados, segundo o Ministério de Relações Exteriores (MRE).
De acordo com o MRE, 14 mil brasileiros viviam em Israel até o fim do ano passado. Os interessados em repatriação estão sendo acomodados conforme critérios de prioridade. O governo brasileiro orienta que os cidadãos que possuam passagens aéreas ou condições de adquiri-las embarquem em voos comerciais a partir do aeroporto Ben Gurion.
Novos bombardeios
A infantaria israelense fez seus primeiros ataques à Faixa de Gaza nesta sexta-feira desde que os combatentes do Hamas invadiram o sul de Israel no fim de semana, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que a campanha militar de retaliação está apenas começando.
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Israel prometeu aniquilar o Hamas depois que combatentes do grupo militante palestino que controla Gaza invadiram cidades e aldeias israelenses no sábado, matando 1.300 pessoas, principalmente civis, e fugindo com dezenas de reféns.
Desde então, Israel colocou a Faixa de Gaza – onde vivem 2,3 milhões de palestinos – sob um cerco total e a bombardeou com ataques aéreos sem precedentes. As autoridades de Gaza dizem que 1.900 pessoas morreram.
Nesta sexta-feira (13), Israel deu prazo de 24 horas para mais de um milhão de residentes da metade norte de Gaza fugirem para o sul e escaparem de um ataque. O Hamas prometeu lutar até a última gota de sangue e disse aos moradores para não irem embora.
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O porta-voz militar israelense, contra-almirante Daniel Hagari, afirmou que tropas apoiadas por tanques realizaram incursões para atacar as equipes de foguetes palestinas e buscar informações sobre a localização dos reféns tomados pelo Hamas.
(Com informações da Agência Brasil)