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Em evento hoje (18), do PMDB, o presidente Michel Temer, disse que enfrentou “oposições ferozes” ao longo de seu governo e que tem levado a frente uma agenda de reformas para fazer uma “revolução” na política administrativa e economia do país.
“Estamos falando de um governo que tem pouco mais de um ano e meio com todas as oposições, digamos assim, ferozes, que foram realizadas ao longo desse período. A primeira delas, me recordo, foi dizer que teve um golpe”. E completou: “Se nos Estados Unidos se dissesse que quando o vice assume a Presidência face a um eventual impedimento do presidente, isto é um golpe, qualquer americano ficaria corado. Mas aqui não, havia uma certa desfaçatez”.
Temer voltou a defendeu a reforma da Previdência, que teve a votação adiada para 2018, e disse que já está na agenda do governo a simplificação tributária.
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O presidente citou as próximas eleições, em outubro de 2018, e disse que quem for candidato à Presidência da República e se propuser a fazer um governo de reformas, terá marcado na sua campanha a tese do PMDB.
O presidente citou o documento Ponte para o Futuro, construído pelo partido, apresentado após as últimas eleições, e disse que ao chegar o poder, o PMDB implementou as mudanças propostas. “Foi a primeira vez que o PMDB chegou ao poder com um programa determinado. Claro que não se esperava chegar ao poder, foi uma questão político-institucional que trouxe o PMDB à Presidência da República. Pela primeira vez você leva um programa de governo que está sendo seguido à risca”, disse.
O ministro da Secretaria-geral da Presidência, Moreira Franco, abriu o evento do PMDB e defendeu que o legado do governo do presidente Temer seja mantido para completar o ciclo de desenvolvimento o país. “As medidas tomadas são aquela que estão nos levando e nos levarão inevitavelmente ao século 21, garantindo direitos, liberdades e sobretudo emprego e renda”, disse.
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Moreira disse que “precisamos mobilizar todo esse capital que temos para garantir que as conquistas que obtivemos agora e que vamos obter ao longo deste ano possam se projetar no futuro, completando o ciclo de transformação econômica, social e política que nosso partido iniciou há mais de 50 anos”.
A exemplo do presidente Temer, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, voltou a defender a reforma previdenciária. “Nós superamos a crise e estamos dando condições de crescimento e de geração de emprego. Mas temos ainda um grande desafio, a reforma da Previdência”, disse.
“Sobre isso, vou apresentar alguns números. O déficit da Previdência no ano passado foi de R$ 227 bilhões. Já o déficit projetado para esse ano é de R$ 270 bilhões. Com isso teremos R$ 43 bilhões a mais apenas na variação 2016-2017”, explicou.
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Em sua fala, o presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), disse que, entre as deliberações a serem feitas na convenção do partido está a de alterar o nome do partido para MDB, desfazendo algo que, segundo ele, foi feito a partir de determinações da ditadura militar. Segundo Jucá, a mudança de nome é também motivada pelo fato de, atualmente, os partidos políticos estarem estigmatizados e pela dinâmica que é associada à palavra movimento.
“Amanhã (19), na convenção, vamos tomar duas decisões. A primeira é a de trazer de volta o nome MDB”, disse o presidente da legenda. “[Essa mudança tinha sido feita] porque o governo militar quis descaracterizar os partidos. Foi aí que viramos PMDB”, lembrou Jucá.
“Mas no momento atual, onde existe ação estigmatizada de partidos políticos, discutimos com os estados e viu-se a concordância de voltarmos para [o nome] MDB, porque movimento é uma palavra dinâmica. Voltando à palavra movimento venderemos uma imagem de força política maior ainda”, defendeu o presidente do PMDB.