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SÃO PAULO (Reuters) – Depois de vários adiamentos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) finalmente anunciará a confirmação da sua candidatura ao Palácio do Planalto no dia 7 de maio e, a partir daí, colocará a campanha na rua com viagens pelo país.
Cobrado por aliados de que precisava se movimentar mais –e por desejo do próprio Lula, que já anunciou que quer “rodar o país”– o ex-presidente já tem pelo menos três viagens marcadas para maio.
Ainda na primeira quinzena do mês, Lula irá a três cidades de Minas Gerais: Belo Horizonte, Contagem e Juiz de Fora. Na segunda quinzena, estão reservados dias para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, mas ainda sem uma agenda fechada.
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Em Minas, Lula trabalha para fechar uma chapa do PT com o PSD e apoiar Alexandre Kalil, ex-prefeito de Belo Horizonte, ao cargo de governador. De acordo com as pesquisas mais recentes, o petista tem uma vantagem confortável em relação ao presidente Jair Bolsonaro (PL) no Estado.
Já a Região Sul é mais difícil para o ex-presidente. O PT não vence uma eleição em Santa Catarina desde 2002, e no Rio Grande do Sul Fernando Haddad sofreu uma das piores derrotas na eleição presidencial de 2018.
No entanto, uma projeção das atuais pesquisas eleitorais feita pelo Estadão Dados, do jornal Estado de S. Paulo, aponta que a proximidade dos resultados não permite apontar quem venceria no embate direto entre Lula e Bolsonaro no RS.
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Além de MG, RS e SC, o ex-presidente irá dedicar também alguns dias a atividades na zona metropolitana de São Paulo e no interior do Estado, junto com Haddad, candidato petista ao governo de São Paulo, de acordo com um auxiliar próximo a Lula.
Depois de diversos adiamentos, o PT lançará a pré-candidatura de Lula em São Paulo no dia 7 de maio, no que chama de um “movimento pró-Lula”, tendo ao lado os outros seis partidos que já garantiram apoio ao ex-presidente desde o primeiro turno: PCdoB, PV, PSB, Psol, Rede e Cidadania.
No palco ao lado de Lula, além de representantes da aliança, artistas e intelectuais, devem estar também lideranças de outras siglas que já deixaram claro o apoio ao ex-presidente, mesmo que seus partidos tenham, no momento, outro candidato. É o caso, por exemplo, dos senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Omar Aziz (PSD-AM) e Otto Alencar (PSD-BA).
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Novo rumo
Depois de um período turbulento, em que disputas internas e o desagrado da direção do PT com o marketing da campanha levaram ao afastamento do até então coordenador de comunicação de Lula, Franklin Martins, e do publicitário Augusto Fonseca, uma reunião nesta sexta em São Paulo pretende dar o rumo desta nova fase.
Um novo homem de marketing deve ser definido. O mais cotado até agora é o baiano Sidônio Palmeira, que fez a campanha presidencial de Haddad em 2018. Já para o lugar de Franklin –que deve permanecer como conselheiro de Lula, de quem é amigo há vários anos– está cotado o prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva, hoje coordenador da campanha de Haddad ao governo de São Paulo.
Também a equipe de coordenação de campanha deve ser finalmente acertada, outro ponto que havia uma cobrança, inclusive de aliados, para que o PT se organizasse.
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A coordenação política será do próprio Lula, da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, do candidato a vice na chapa, Geraldo Alckmin (PSB), e do presidente do PSB, Carlos Siqueira, com a colaboração dos presidentes dos demais partidos aliados.
No entanto, a coordenação da campanha em si será mais ampla, dividida em eixos que tratarão de temas específicos e levarão as propostas até Lula, de acordo com o ex-governador do Piauí, Wellington Dias, que será um desses coordenadores. Estão nessa lista ainda os senadores Jaques Wagner (PT-BA) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), entre outros.