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BRASÍLIA – A presidente Dilma Rousseff comemorou nesta terça-feira a escolha do embaixador brasileiro Roberto Azevêdo como diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) e disse que caberá à entidade dar “um novo, equilibrado e vigoroso impulso ao comércio mundial”.
“Agradeço o apoio que nosso candidato recebeu de governos de todo o mundo nas três rodadas de votação. Essa não é uma vitória do Brasil, nem de um grupo de países, mas da Organização Mundial do Comércio”, disse a presidente em comunicado.
Azevêdo, 55 anos, foi eleito nesta segunda ao derrotar o ex-ministro do Comércio mexicano Hermínio Blanco na competição de três rodadas, tornando-se o primeiro latino-americano a chefiar o grupo comercial desde sua criação em 1995.
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Em entrevista coletiva em Brasília, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, classificou a escolha de Azevêdo como uma “vitória do Brasil” e um triunfo pessoal do diplomata.
De acordo com Patriota, o Itamaraty “trabalhou incansavelmente” pela escolha de Azevêdo, até então o representante do Brasil na OMC, e disse que o respeito do país pelas regras internacionais colaborou para a escolha.
“Não fosse o respeito e a atitude que o Brasil desperta entre os membros da OMC, dificilmente eu acho que um brasileiro teria sido eleito… para chefiar a organização”, disse Patriota a jornalistas.
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O chanceler disse que o Brasil está comprometido com o sucesso da reunião da OMC em Bali, na Indonésia, em dezembro, a primeira sob o comando de Azevêdo, que toma posse no novo cargo em setembro.
Ele ressalvou, no entanto, que a escolha de um brasileiro para chefiar a entidade não significa que o Brasil terá tratamento privilegiado nas questões comerciais.
“A partir do momento em que o embaixador Roberto Azevêdo assumir a direção da OMC, deixa de ser um diplomata brasileiro e passa a ser o diretor de um organismo internacional comprometido com o sistema multilateral de comércio e tentando avançar na agenda da organização”, explicou.
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Azevêdo assumirá o cargo hoje ocupado por Pascal Lamy e comandará uma organização que enfrenta dificuldades de alinhar um acordo para Bali, apesar de ter reduzido fortemente suas ambições depois de ver fracassar seus esforços de dez anos para concluir a rodada de Doha sobre liberalização comercial.
O acordo em Bali pretende reduzir a burocracia ao padronizar procedimentos alfandegários, levando a um possível impulso de trilhões de dólares à economia mundial, introduzindo ao mesmo tempo novas regras para promover segurança de alimentos e concessões para países mais pobres.