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O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse nesta quinta-feira (9), que as concessões feitas pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM) no texto da reforma tributária “foram as necessárias” para que a proposta tivesse votos suficientes para ser aprovada na Casa. “O ótimo é o inimigo do bom. A questão mais importante era dar um sinal claro de acabarmos com a balbúrdia tributária que temos no Brasil, construir uma nova estrada”, disse, em entrevista coletiva na Câmara dos Deputados.
E completou: “Estamos construindo uma nova estrada. Os temas incorporados na votação da reforma tributária foram os necessários para a gente garantir a maioria constitucional. Como disse desde o começo do ano, a reforma tributária e o marco fiscal não eram temas de governo, eram temas de País.”
Segundo Padilha, as “exceções, que ainda vão ser analisadas na Câmara, fazem parte dessa construção”.
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Padilha esteve no Congresso Nacional na manhã desta quinta para agradecer os senadores pela aprovação da reforma tributária na noite de quarta-feira. “Viemos fazer agradecimento ao Senado pela aprovação da reforma tributária. Disse a Pacheco que foi uma vitória da política, é uma reforma do Brasil”, afirmou.
O ministro disse que a expectativa do governo é “concluir o mais rápido possível a tributária na Câmara” para que o texto seja promulgado ainda neste ano.
Padilha afirmou, ainda, que a hipótese de “fatiamento” da reforma tributária “sempre existiu” e será analisada pelo deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), relator da proposta na Câmara dos Deputados.
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“Essa é uma hipótese que sempre existiu, já foi feita em outros momentos. Estávamos muito dedicados a concluir a votação da reforma tributária no Senado. O relator Aguinaldo Ribeiro acompanhou toda a tramitação no Senado e certamente fará uma análise mais detalhada daquilo que foi aprovado ontem e vamos discutir a tramitação na Câmara”, disse o ministro.
Aguinaldo Ribeiro falou em seguida e disse não ter um calendário até o momento. O líder da maioria na Câmara e relator da reforma tributária na Casa disse que ainda conversará com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para estabelecer um cronograma de tramitação da proposta.
“Vamos aguardar a redação final da reforma tributária para avaliar o que foi aprovado. A partir daí, vamos estabelecer calendário (…) Não conversei ainda com o presidente Arthur Lira, mas o fatiamento depende da análise técnica do texto”, afirmou.
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