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SÃO PAULO – O Congresso Nacional paralisou as atividades após a notícia da morte do candidato à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB), e criou um clima de desconcerto e espanto geral entre os parlamentares. A sessão do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados foi suspensa antes do previsto, adiando o depoimento de uma das testemunhas do processo sobre o envolvimento do deputado Luiz Argôlo (SD-BA) com o doleiro Alberto Youssef.
O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, divulgou uma nota de pesar pela morte de Eduardo Campos. “Com extremo choque, profundo pesar e imensa consternação recebi a informação da morte de Eduardo Campos. Fomos colegas na Câmara por três mandatos e afirmo que Eduardo foi um homem público digno, que honrou o estado de Pernambuco, o Nordeste e o Brasil. Minhas condolências à família e ao povo brasileiro, que lamentam a perda de um homem tão jovem, em seu auge político e com tantos sonhos para a vida. Sua morte deixa uma lacuna irreparável. Somente Deus para confortar os familiares e amigos neste momento de insuportável dor”, diz a nota.
“Foi uma notícia muito triste, tivemos que suspender a sessão em função disso. Isso pegou todo mundo de surpresa. É lamentável não só por ele, como para os familiares e para as outras pessoas que foram vítima. É lamentável”, explicou deputado Marcos Rogério (PDT-RO).
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Ao deixar a reunião abalado, ao telefone com o presidente do PSB de São Paulo, Márcio França, o deputado Júlio Delgado (PSB-MG) ainda não acreditava na notícia. “Perdemos uma liderança da nossa geração”, lamentou.
Deputados tomaram os corredores das comissões para lembrar o papel de líder que Campos exercia na política. “Tive uma relação muito boa com ele que foi ministro de Ciência e Tecnologia, foi deputado e era uma liderança nata que tinha um futuro imenso e que poderia contribuir muito para o país”, disse o deputado Izalci (PSDB-DF).
O líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), disse que está cedo para pensar no futuro da chapa que era encabeçada por Campos ao qual seu partido é coligado. “É difícil dizer neste momento. Agora é pensar em como consolar a família e amigos. Queremos dar nossa contribuição como parceiros. Não só mostrar essa tristeza”, explicou. Segundo ele, Campos iniciaria, com a campanha eleitoral, uma “trajetória alternativa e de conteúdo” da política brasileira.