Dilma inaugura “capitalismo” em Cuba com porto financiado pelo BNDES

Uma das exigências do BNDES é que ao menos US$ 802 milhões desse dinheiro fosse gasto na compra de bens e serviços comprovadamente brasileiros

Felipe Moreno

Publicidade

SÃO PAULO – Em discurso na inauguração do Porto Mariel nesta segunda-feira (27), financiado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Dilma Rousseff destacou que “crê e aposta no potencial econômico de Cuba”. O governo brasileiro, através do banco estatal, custeou US$ 682 milhões dos US$ 957 milhões totais, construído pela Odebretch. 

Uma das exigências do BNDES é que ao menos US$ 802 milhões desse dinheiro fosse gasto na compra de bens e serviços comprovadamente brasileiros. Com o porto de Mariel, Cuba inaugura sua primeira zona econômica especial, inspiradas nas experiências chinesas, iniciando assim o seu “capitalismo”.

Para Dilma, o Brasil tem orgulho com a associação à Cuba – a despeito de todas as críticas que essa mesma parceria recebeu da oposição. O porto, com capacidade de movimentar 1 milhão de contêineres, deverá contar com uma zona especial, onde diversas empresas brasileiras deverão ser instaladas. “O Brasil quer se tornar parceiro econômico de primeira ordem de Cuba, são enormes as possibilidades de desenvolvimento”, disse a presidente. 

Continua depois da publicidade

O turismo é uma das grandes apostas dos governantes de Cuba, e o país acaba de inaugurar um voo semanal direto entre São Paulo e Havana, com a intenção de estimular turismo e negócios. A presidente brasileira desembarcou em Havana. Depois de inaugurar a primeira parte do Porto de Mariel.

Ela aproveitou para agradecer ao povo cubano pelo programa Mais Médicos, que conta com uma grande quantidade de médicos cubanos. “Esse porto que inauguramos permanecerá como um símbolo de amizade entre Brasil e Cuba”, destacou Dilma.