Publicidade
SÃO PAULO – O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e um dos principais delatores do esquema de corrupção na companhia, afirmou em um dos termos da delação premiada que não existem doações para campanhas políticas no Brasil, mas empréstimos a juros altos de quem recebeu recursos para a eleição.
“O depoente menciona que é uma grande falácia afirmar que existe ‘doação de campanha’ no Brasil, quando na verdade são verdadeiros empréstimos a serem cobrados posteriormente a juros altos dos beneficiários das contribuições quando no exercício dos cargos”, diz o trecho da delação premiada.
Segundo Costa, os gastos oficiais em campanha representam um terço do que é usado no pleito, enquanto os outros dois terços seriam provenientes de recursos ilícitos ou não declarados.
Levantamento exclusivo do InfoMoney revela o que 44 gestoras esperam do Brasil. Cadastre-se e receba o material completo
Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.
Ele disse ainda que “nenhum candidato no Brasil se elege apenas com caixa oficial de doações”. O ex-diretor ainda disse que, nas empresas públicas, só se chegam a cargos de alto comando pessoas indicadas por partidos políticos que, se não atenderem aos interesses das siglas, são “imediatamente” substituídas.