Eleitor é favorável à privatização da Petrobras se preços caírem, mostra Ipespe

No cenário eleitoral, estabilidade: Lula segue com 44% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro tem 32%

Anderson Figo

(Shutterstock)
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A terceira pesquisa Ipespe de maio mostra que, na semana seguinte ao pedido de inclusão da Petrobras (PETR3 ; PETR4) no programa de desestatização do governo, 49% da população se diz contrária à privatização da companhia. Já 38% dos entrevistados são favoráveis.

Para 44%, os preços dos combustíveis aumentariam ainda mais no caso da privatização da empresa. Caso haja segurança de que a privatização levaria a queda no preço dos combustíveis, no entanto, 67% seriam favoráveis à venda da companhia.

Foram realizadas 1.000 entrevistas de abrangência nacional, nos dias 16, 17 e 18 de maio. A pesquisa está registrada no TSE sob o número BR-08011/2022. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

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O índice de confiança é de 95,5% (o que significa que se a pesquisa fosse realizada 100 vezes, em 95 delas o resultado ficaria dentro da margem de erro).

A pesquisa questionou os entrevistados sobre o aumento do preço dos combustíveis. A Petrobras foi das alternativas apresentadas a que mais eleitores atribuem “muita responsabilidade” pelas altas recentes: 64%.

Na sequência aparece o presidente Jair Bolsonaro, que tem muita responsabilidade para 45% — 5 pontos a mais que os governadores e 8 pontos a mais que os governos anteriores de Lula e Dilma.

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Lula e Bolsonaro

A corrida pelo Planalto mostra estabilidade. No cenário estimulado para o primeiro turno (quando o eleitor escolhe seu candidato entre opções apresentadas pelo pesquisador), tanto Lula quanto Jair Bolsonaro repetiram a pontuação do levantamento da semana anterior — o petista à frente com 44%, seguido pelo presidente com 32%.

Na sequência aparecem Ciro Gomes, que alcançou os mesmos 8% da última leitura, e João Doria, que oscilou de 3% para 4%. André Janones e Simone Tebet mantiveram 2% cada um, e o restante não pontuou.

Brancos e nulos somaram 6%, enquanto não sabem ou não responderam foram 2% dos entrevistados.

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A estabilidade na pontuação de Bolsonaro aparece depois de uma sequência de levantamentos em que o presidente registrava tendência de alta que se estendia desde janeiro deste ano.

Também houve estabilidade na aprovação ao governo. Os que consideram a administração boa ou ótima se mantiveram em 32%. A avaliação negativa, no entanto, oscilou um ponto para cima, indo a 52%.

Pesquisa espontânea

Na pesquisa espontânea (quando o eleitor aponta seu candidato sem que nomes sejam apresentados pelo pesquisador), Lula e Bolsonaro mantiveram as pontuações da semana anterior: 39% e 29%, respectivamente.

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Ciro Gomes aparece com 3% nesse cenário, enquanto Doria tem 2%. André Janones e Simone Tebet têm 1% cada um. Felipe d’Ávila e Eymael não chegaram a 1%.

Brancos e nulos somaram 9% dos entrevistados, enquanto 16% não souberam ou não quiseram responder.

Segundo turno

No cenário de segundo turno, tanto Lula quanto Bolsonaro oscilaram um ponto para menos, mantendo a diferença em 19 pontos em favor do petista, agora com o placar se 53% a 34%.

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Lula vence também na disputa de segundo turno contra Ciro Gomes, por 53% a 25%. O ex-presidente também venceria Doria, por 54% a 20%.

Já Bolsonaro perderia no segundo turno contra Ciro Gomes: 40% para o presidente e 44% para o pedetista. Já contra Doria, o presidente venceria no segundo turno por 40% a 38%.

Anderson Figo

Editor de Minhas Finanças do InfoMoney, cobre temas como consumo, tecnologia, negócios e investimentos.