Em uma semana no Itamaraty, Serra concede passaporte diplomático a pastor investigado, diz Estadão

De acordo com a reportagem, é a primeira vez que um investigado da Operação Lava Jato recebe o benefício concedido a autoridades

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – Pouco tempo à frente do cargo de ministro das Relações Exteriores, José Serra já dá indicações de promover grandes alterações na orientação da política externa brasileira. Com os holofotes voltados para o experiente tucano, um possível fato negativo à sua reputação ganhou espaço na imprensa nesta quarta-feira. Conforme conta o jornalista Mateus Coutinho, do Estadão, o Itamaraty, já sob comando de Serra, teria concedido passaporte diplomático ao pastor Samuel Ferreira, da Assembleia de Deus, investigado pela Operação Lava Jato por lavagem de dinheiro de propina para o presidente da Câmara suspenso, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

De acordo com a reportagem, é a primeira vez que um investigado da operação recebe o benefício concedido a autoridades. O Itamaraty, no entanto, informou que a pasta se baseou em aspectos legais para a ação. Diz o ministério que o artigo sexto do decreto que regulamenta a concessão de passaportes diplomáticos prevê que tenham direito ao documento pessoas que representem “interesse do país”.

Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.