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SÃO PAULO – A companhia aérea australiana Niki Airlines decidiu exercer na última quarta-feira (25) a opção de compra de dois aviões E-190 da Embraer, em uma operação avaliada em aproximadamente US$ 75 milhões.
O anúncio foi considerado marginalmente positivo pelos especialistas do Citigroup, mas, devido ao tamanho da compra, o banco decidiu não rever suas estimativas para a fabricante de aviões brasileira.
Em relatório, os analistas disseram que existe um fato que talvez afete os negócios da Embraer: os rumos que serão decididos na próxima COP-15 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas).
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Risco ambiental
Marcada para ocorrer entre os dias 7 e 18 de dezembro, em Copenhague, a próxima reunião contará com a presença de 191 países e tem como objetivo negociar um novo acordo climático para suceder o Protocolo de Kyoto, programado para expirar em 2012.
Na opinião do Citigroup, caso os governos se comprometam a reduzir de forma considerável a emissão de poluentes, é possível que as medidas afetem o mercado de aviação, diminuindo a procura pelas aeronaves mais poluentes.
“Nós gostaríamos de alertar os investidores para o fato de que isso poderia favorecer as empresas que produzem aviões mais econômicos, como os modelos Série C da Bombardier”, revelou o banco norte-americano.
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Recomendações
Cabe lembrar que o Citigroup afirmou na última segunda-feira que preferia as ações da fabricante canadense ao invés dos ADRs (American Depositary Receipt) da brasileira, que sofreram uma redução na sua recomendação e no preço-alvo para 12 meses.
De acordo com Stephen Trent, analista responsável por cobrir o setor no Citigroup, o banco decidiu mudar a recomendação da Embraer de compra para manutenção, depois de se reunir com os executivos da empresa e perceber que suas estimativas estavam muito otimistas para a companhia.
Países comprometidos?
Diferentemente do ocorrido nas últimas reuniões da ONU (Organização das Nações Unidas), as principais economias do mundo demonstraram estar preocupadas em lançarem propostas capazes de reduzir de maneira significativa a emissão de gases poluentes nos próximos anos.
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O governo chinês, por exemplo, anunciou nesta quinta-feira (26) que o país pretende reduzir de 40% a 45% a emissão de dióxido de carbono por unidade de PIB (Produto Interno Bruto) até o ano 2020, tendo como base os dados de 2005.
Conforme a nota divulgada pelo Conselho de Estado, o principal órgão administrativo da China, as metas serão alcançadas no médio e longo prazo, através de maiores investimentos em eficiência energética, carvão limpo, fontes renováveis de energia, usinas nucleares e no processo de captura e estocagem de gás carbônico.
O texto diz ainda que o país manterá esforços para que o consumo de combustíveis de origem fóssil represente apenas 15% da produção energética do país, conforme o próprio presidente, Hu Jintao, havia comentado em setembro.
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A COP-15 contará ainda com a presença do presidente dos EUA, Barack Obama, que também sinalizou propostas audaciosas em favor de diminuir o aquecimento global. Segundo funcionários do governo norte-americano, há rumores de que o país deverá reduzir a emissão de gases poluentes em 17% até 2020 e em 83% até 2050, com base nos números de 2005.