Governador de São Paulo descarta hipótese de atentado contra Tarcísio

“É um crime comum”, disse Rodrigo Garcia (PSDB) sobre o incidente que interrompeu agenda do candidato do Republicanos em Paraisópolis

Fábio Matos

O governador do Estado de São Paulo, Rodrigo Garcia (Foto: Governo do Estado de São Paulo)
O governador do Estado de São Paulo, Rodrigo Garcia (Foto: Governo do Estado de São Paulo)

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Um dia depois do tiroteio que interrompeu uma visita do candidato do Republicanos ao Palácio dos Bandeirantes, Tarcísio de Freitas, a Paraisópolis (zona sul da capital paulista), o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), praticamente descartou a hipótese de atentado.

Na segunda-feira (17), o ex-ministro da Infraestrutura participava da inauguração de um polo universitário no momento em que cerca de 20 disparos foram ouvidos nas imediações. Tarcísio deixou o local escoltado por seguranças, e ninguém de sua equipe ficou ferido. Na troca de tiros, um homem de 27 anos com passagens anteriores pela polícia foi baleado.

“Aparentemente, é possível descartar a versão de atentado. É um crime comum. Graças a Deus, o Tarcísio e a sua equipe não tiveram nenhum tipo de problema”, disse Garcia nesta terça-feira (18), ao participar do lançamento da obra do novo Centro de Operações Integradas (COI) da Secretaria de Segurança Pública, na região central de São Paulo.

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O secretário estadual de Segurança Pública, general João Camilo Pires de Campos, por sua vez, adotou um tom mais cauteloso ao tratar do episódio. Segundo ele, as investigações estão em andamento e ainda não é possível antecipar conclusões.

“Há um inquérito robusto, analisando e pesquisando esse fato. Qualquer coisa que se diga ou se antecipe não é prudente Então, vamos aguardar”, afirmou. “A tendência é que tenha havido um fato isolado próximo à equipe do Tarcísio, e nós vamos identificar. Muito possivelmente, houve um contato entre a polícia e criminosos. Alguma coisa aconteceu ali que deu início aos disparos.”

Pouco depois de ser retirado do local do tiroteio, Tarcísio publicou uma mensagem nas redes sociais em que afirmou ter se tratado de um atentado – o fato acabou sendo utilizado na propaganda eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL) na televisão. Horas depois, já na noite de terça-feira, o candidato do Republicanos ao governo do estado recuou e disse que não havia sido vítima de um atentado, mas de um “ato de intimidação”.

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O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), adversário de Tarcísio no segundo turno da eleição deste ano, telefonou para o candidato na terça-feira e prestou solidariedade a ele.

Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, à noite, o petista criticou o que classificou como “oportunismo” de apoiadores de Bolsonaro – que, segundo Haddad, estariam explorando politicamente o tiroteio para alavancar as candidaturas de Tarcísio e do próprio presidente em São Paulo.

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