Governo envia comitiva liderada por Alckmin ao Amazonas para discutir ajuda contra seca

Estimativa do governo é de que 500 mil pessoas sejam atingidas pela falta de chuvas na região

Reuters

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

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Uma comitiva de seis ministros e representantes de outras cinco pastas, liderada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, embarcará na quarta-feira (4) para Manaus em uma visita para avaliar a situação de emergência causada pela seca na região, que deve afetar até 500 mil pessoas.

O governo prepara uma série de medidas para tentar amenizar os efeitos da estiagem no Amazonas, incluindo a liberação de 138 milhões de reais para dragagem de trechos dos rios Solimões e Madeira, a antecipação de benefícios como Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e pagamento do seguro defeso para pescadores.

“A questão mais emergencial é água, alimento e combustível. Então, os municípios estão encaminhando ao Ministério de Integração Nacional os planos de trabalho. Não faltarão recursos para atender a população”, disse Alckmin após uma reunião nesta terça-feira preparativa para a viagem.

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Nesse momento, 55 municípios já decretaram situação de emergência e outros três estão em processo de fazê-lo. De acordo com o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, a estimativa do governo é de que 500 mil pessoas sejam atingidas pela seca.

“Há uma semana, estávamos com previsão de atingidos de 100 mil pessoas. O que projetamos, e está se confirmando, é de atingir 500 mil pessoas. Hoje com 58 municípios em situação de emergência, inclusive a capital Manaus, devemos ter que assistir realmente em torno de 500 mil pessoas”, afirmou.

Nesta segunda-feira, a concessionária que opera a usina Santo Antônio, no rio Madeira, anunciou a interrupção das suas operações pela baixa vazão do rio. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o governo estocou diesel e distribuiu a termelétricas da região em julho, depois de ser avisado pela Agência Nacional de Águas dos riscos que poderiam ser trazidos pela estiagem.

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“Ao menos pelos próximos 30 dias estamos em uma situação confortável”, afirmou Silveira, acrescentando que as termelétricas serão acionadas.

A seca no Amazonas é uma das piores registradas nos últimos anos e tem provocado a morte de peixes e outros animais, como os botos, e o desabastecimento em cidades da região.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou que o impacto ambiental é “tremendo e assustador”.

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“Ibama, ICMBio e instituições de pesquisa estão trabalhando na região. Estamos fazendo ação emergencial em relação aos botos e tucuxis que estão sendo ferozmente atingidos, não só pela mortandade em função da estiagem. Mas também porque alguns rios ficam com quantidade de água muito baixa e estão sendo feridos pelas embarcações que continuam passando em alguns trechos”, explicou.

O MMA também tem 191 brigadistas trabalhando no combate a incêndios, especialmente no sul do Amazonas e no entorno de áreas urbanas.