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O governo federal nomeou, nesta segunda-feira (30), 121 militares para cargos no Gabinete de Segurança Institucional. Segundo as portarias publicadas no Diário Oficial da União, foram indicados nove supervisores, 23 secretários, 29 assistentes – entre eles um sargento do exército designado para o escritório do Rio de Janeiro – e 60 especialistas para postos de trabalho no órgão.
As nomeações sinalizam uma renovação dos quadros da pasta, que passou a ter status de ministério desde o governo de Michel Temer (MDB). Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afastou militares que exerciam funções nos escritórios do Rio de Janeiro e em Brasília. O mandatário também promoveu a substituição o secretário-executivo da pasta, cargo considerado nº 2 na hierarquia do GSI, general Carlos José Russo Assumpção Penteado pelo general Ricardo José Nigri.
Na ocasião da mudança, o Presidente da República estava em viagem à Argentina e as portarias foram assinadas pelo vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), presidente em exercício no período, e pelo ministro da Defesa, José Múcio.
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Nigri exercia o cargo de Chefe de Missões de Paz e Aviação do Exército e Inspetor-Geral das Polícias Militares. A troca do secretário-executivo e as nomeações divulgadas no Diário Oficial da União desta segunda-feira ocorrem como forma de neutralizar possíveis tensões envolvendo a politização das Forças Armadas e possíveis elos com o bolsonarismo. O próprio Lula já manifestou publicamente desconfiança sobre a segurança do Palácio do Planalto durante a invasão realizada por vândalos em 8 de janeiro.
Anteriormente, Lula havia promovido a troca no comando do Exército, substituindo Júlio César de Arruda – nomeado no fim do governo Bolsonaro – por Tomás Miguel Ribeiro Paiva, que estava no posto de comandante militar do Sudeste desde 2021. Atualmente, o ministro-chefe do GSI é o general da reserva Gonçalves Dias.