Haddad comemora elevação de rating pela Fitch e diz que harmonia entre Poderes é saída para recuperar grau de investimento

Ministro aproveitou coletiva de imprensa também para indicar que governo encaminhará pacote fiscal ao Congresso em agosto

Marcos Mortari

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), comemorou, nesta quarta-feira (26), a notícia de que a agência de classificação de risco Fitch Ratings elevou o rating soberano do Brasil de BB- para BB, com perspectiva estável.

Assim como quando a agência Standard & Poor’s alterou para positiva a perspectiva para a nota de crédito do país pouco mais de um mês atrás, Haddad optou por compartilhar os resultados com outros integrantes do governo e instituições do país.

Em coletiva de imprensa para anunciar o pacote “Novo Ciclo de Cooperação Federativa”, no auditório da pasta, o ministro disse que a melhora na percepção das agências de rating sobre o país é consequência direta do que chamou de “harmonia entre os Poderes” e indicou que este é o caminho para a desejada recuperação do grau de investimento.

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“Sempre disse que a harmonia entre os Poderes é a saída para que nós voltemos a obter o grau de investimento. Um país do tamanho do Brasil não tem sentido não ter grau de investimento. Nós temos um potencial de recursos naturais, de recursos humanos, reservas cambiais, tecnologia, parque industrial. Não tem cabimento esse país viver o que viveu nos últimos dez anos”, disse.

“Fico muito feliz de, em 6 meses de trabalho, termos conseguido sinalizar para o mundo que o Brasil é o país das oportunidades, de geração de bem estar, geração de emprego e renda, oportunidades. Eu tenho certeza que esse caminho vai ser seguido”, afirmou.

Durante um breve pronunciamento antes dos anúncios de medidas federativas por secretários do ministério, Haddad citou nominalmente os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

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Ele também destacou o avanço das discussões sobre a reforma tributária na figura da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 45/2019, aprovada no início do mês pela Câmara dos Deputados e mencionou o deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP), autor do texto.

Outro citado foi o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que estimulou o debate sobre a reforma no Senado Federal na forma da PEC 110/2019 quando presidiu a casa legislativa. A versão da reforma tributária votada pelos deputados traz uma série de pontos em comum construídos a partir do debate das duas propostas em tramitação.

Agora o texto está sob análise dos senadores, sob a relatoria de Eduardo Braga (MDB-AM), aliado do Palácio do Planalto na casa legislativa. “Tenho certeza que o senador Eduardo Braga vai se dedicar exclusivamente à tarefa de lapidar o texto e aprová-lo no Senado Federal. É a principal reforma que está em curso, mas não é a única”, disse o ministro.

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Haddad indicou, ainda, que o governo pretende encaminhar ao Congresso Nacional, junto com o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2024 ‒ portanto, até 31 de agosto ‒ um conjunto de medidas com o objetivo de garantir o equilíbrio orçamentário de 2024. “São medidas saneadoras, que recuperam a base fiscal do Estado, perdida ao longo dos últimos dez anos. Fundamental para que esses resultados continuem acontecendo”, pontuou.

Em sua fala, o ministro também disse que a elevação do rating brasileiro pela Fitch vem ao encontro das expectativas do governo. “Reputo esses resultados à harmonia entre os Poderes da República. Sempre salientei que considerada que a chamada crise econômica que o Brasil vive é um desdobramento de uma crise de natureza política. Se nós acertarmos o passo na política, no diálogo, na construção, nós vamos superar essa situação e voltar a crescer com sustentabilidade social, ambiental e fiscal”, concluiu.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.