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Passados seis meses desde que subiu a rampa do Palácio do Planalto para seu terceiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) experimenta o momento de maior simpatia de agentes do mercado financeiro com seu governo, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (12).
A terceira edição do levantamento “O que pensa o mercado financeiro” mostra que, de março para cá, recuou de 90% para 44% o grupo de atores econômicos consultados que classificam negativamente a atual administração. No mesmo período, as avaliações regulares saltaram 16 pontos percentuais, para 36% ‒ 16 p.p. a mais do que as positivas, que somavam 0% quatro meses atrás.
O movimento ocorre em meio a uma percepção mais favorável do mercado sobre a agenda econômica conduzida pelo Poder Executivo, que inclui a aprovação do projeto de lei complementar que trata do novo arcabouço fiscal (PLP 93/2023) pelas duas casas legislativas, da Proposta de Emenda à Constituição da reforma tributária (PEC 45/2019) na Câmara dos Deputados e de um conjunto de medidas de recomposição da base fiscal do Estado para o equilíbrio das contas públicas.
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Segundo a pesquisa, o grupo de agentes do mercado financeiro que avaliam positivamente o trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), saiu de 10% em março para atuais 65%. Já os que classificam a atuação como negativa caiu para menos de 1/3 do seu tamanho inicial e agora soma 11%. O grupo que avalia como moderado, por sua vez, foi de 52% para 24% nesses quatro meses.
No mesmo sentido, o estudo mostrou que nunca estiveram tão próximos os grupos de respondentes que consideram a política econômica nas direções certa e errada. O primeiro saltou de 2% para 47%, ao passo que o segundo diminuiu de 98% para 53%. E pela primeira vez no atual governo, as apostas de que a economia vai melhorar nos próximos 12 meses são majoritárias (53%).
A pesquisa mostra, ainda, recuperação na percepção dos agentes sobre a capacidade de o governo Lula em aprovar proposições no Congresso Nacional. Em março, 33% classificavam como elevada ‒ percentual que caiu para 10% dois meses depois e agora soma 27% dos entrevistados. No sentido oposto, os que veem como frágeis as condições de governabilidade eram 20% no início da série, saltaram para 39% dois meses atrás e agora são 24%.
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Apesar da melhora do ambiente para o governo junto a atores do mercado financeiro, ainda são majoritárias a percepção de que o governo não está preocupado com o controle da inflação (66%) e a preocupação com a futura indicação de Lula para a presidência do Banco Central (71%).
O levantamento contou com 94 entrevistas realizadas com representantes de fundos de investimentos com sede em São Paulo e no Rio de Janeiro, entre os dias 6 e 10 de julho. Entre os respondentes estão gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão do mercado financeiro.
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