Haddad: Tivemos reconhecimento do BC que medidas estão na direção correta

Ministro disse que parte das medidas será aprovada pelo Congresso e ajudarão a reduzir o déficit fiscal estimado em mais de R$ 200 bilhões

Estadão Conteúdo

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), em pronunciamento no CCBB (Foto: José Cruz/Agência Brasil)
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), em pronunciamento no CCBB (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, nesta terça-feira (14), que a taxa Selic em 13,75% impõe “dificuldades para o Brasil crescer”. Ele também voltou a afirmar que a é necessário harmonizar as políticas monetária e fiscal. Haddad ainda defendeu que é necessário um alinhamento entre o Ministério da Fazenda e o Banco Central, em torno de um mesmo propósito.

“Eu sempre disse que temos que harmonizar a política monetária com a fiscal. Ou você alinha em torno do mesmo propósito, que é fazer a economia crescer com baixa inflação ou vai ficar ruim pra todo mundo cumprir as metas”, declarou.

Segundo o ministro, Campos Neto sinalizou em entrevista ao Roda Viva ontem que as políticas adotadas até o momento estão corretas. O ministro disse que parte das medidas será aprovada pelo Congresso e ajudarão a reduzir o déficit fiscal estimado em mais de R$ 200 bilhões.

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“Como os resultados virão, vai ajudar a autoridade monetária a concluir que a taxa de juros compromete os objetivos do País. Ele, Campos Neto próprio, reconheceu na entrevista. Se trouxermos o debate para o plano do que está sendo feito, podemos retomar uma trajetória importante. Hoje eu vi uma declaração do presidente do BC que é natural reclamarem das taxas de juros. Nós estamos numa situação do ponto de vista da inflação mais confortável e do crescimento menos confortável. Vamos trabalhar nesta direção. Certeza que teremos um bom entendimento”, disse.

Haddad relembrou ainda que o debate sobre a volta do voto de qualidade do Carf é essencial para reduzir o déficit público. Segundo ele, uma única empresa que era uma estatal deve R$ 100 bilhões ao cofres públicos.