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SÃO PAULO – O ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa anunciou, na manhã desta terça-feira (8), que não pretende ser candidato à presidência da República nas eleições de outubro. O ex-magistrado publicou a informação em seu perfil oficial no Twitter.
“Está decidido. Após várias semanas de muita reflexão, finalmente cheguei a uma conclusão. Não pretendo ser candidato a Presidente da República. Decisão estritamente pessoal”, dizia o post. A decisão ocorre um mês após o ex-ministro do STF filiar-se ao PSB, no limite do prazo para poder disputar as eleições.
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Na mais recente pesquisa Datafolha, realizada entre 11 e 13 de abril, Barbosa tinha de 8% a 10% das intenções de voto, dependendo do cenário avaliado. Com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fora do pleito, ele ocupava a terceira posição, atrás apenas do deputado Jair Bolsonaro (PSL) e da ex-senadora Marina Silva (Rede Sustentabilidade).
O desempenho provocou reações diversas e Barbosa passou a ser visto como “fato novo” da corrida eleitoral. A possível candidatura do ex-ministro era avaliada com potencial eleitoral. De um lado, ele poderia cativar eleitores insatisfeitos com os nomes tradicionais, sobretudo com a imagem que carrega de combatente à corrupção, que carrega desde os tempos do julgamento do mensalão, caso em que foi relator no STF.
Do outro, ele tinha em sua biografia e possíveis acenos à agenda social ativos importantes para conquistar parte do eleitorado à esquerda. Com tantos órfãos de Lula, seu potencial era maior. Soma-se a isso o sentimento majoritário de insatisfação com o sistema político e o crescente desejo por renovação. Nenhum dos candidatos que melhor pontuavam nas pesquisas poderia mais facilmente ser associado como outsider.
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Desde o início, Barbosa indicava que questões pessoais poderiam ser obstáculos à formalização da candidatura. Além disso, o ex-ministro também enfrentava resistência de lideranças regionais dentro do partido. De olho no quadro eleitoral, governadores do PSB preferiam ter maior liberdade para costurar suas próprias alianças nos estados. Por outro lado, o ex-magistrado contava com amplo apoio na bancada socialista da Câmara.
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