Lula deve anunciar Simone Tebet, Marina Silva e outros futuros ministros nesta quinta-feira

Presidente eleito tem enfrentado dificuldades para acomodar interesses de MDB, PSD e União Brasil - partidos fundamentais para sua base no Congresso

Marcos Mortari

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O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deverá anunciar, nesta quinta-feira (29), novos nomes para o ministério de seu governo. Um pronunciamento está marcado para as 11h no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do gabinete de transição, em Brasília.

O anúncio deve marcar um avanço sobre indicações partidárias para as pastas. Desde que começou a organizar sua base de apoio, Lula tem enfrentado dificuldades para acomodar integrantes da frente ampla montada na eleição e aliados que vieram após a vitória nas urnas nos espaços disponíveis na nova administração.

O futuro governo terá 37 ministérios, secretarias e órgãos com status ministerial, de acordo com a equipe de transição. Até o momento, já foram anunciados 21 nomes. Faltam, portanto, outros 16, sendo a maioria formada por políticos. Serão 14 pastas a mais do que os atuais 23 ministérios do governo Jair Bolsonaro (PL).

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Entre as principais apostas estão nomes como da senadora Simone Tebet (MDB-MS), candidata derrotada nas eleições para o Palácio do Planalto, que desempenhou papel fundamental na vitória de Lula sobre o atual presidente Jair Bolsonaro em segundo turno.

Após uma série de desencontros, a parlamentar aceitou comandar o Ministério do Planejamento do próximo governo. Outro nome esperado é o da deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP). Ela deverá ocupar o Ministério do Meio Ambiente.

O principal entrave na acomodação da Esplanada dos Ministérios fica com a distribuição de espaços entre MDB, PSD e União Brasil. As três siglas são consideradas fundamentais na construção de uma base de apoio a Lula no Congresso Nacional.

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A ideia é que MDB e PSD fiquem com três pastas cada um. O primeiro, além de Tebet, tem como favoritos os nomes de Jader Barbalho Filho (MDB-PA), para o Ministério das Cidades; e do senador eleito Renan Filho (MDB-AL) para o Ministério dos Transportes.

Já o segundo tem como favoritos os nomes do senador Alexandre Silveira (PSD-MG), que foi relator da PEC da Transição no Senado Federal, para o Ministério de Minas e Energia; do senador Carlos Fávaro (PSD-MT) para o Ministério da Agricultura; e do deputado federal André de Paula (PSD-PE) para o Ministério da Pesca.

Do lado do União Brasil, há um impasse envolvendo o nome de Elmar Nascimento (BA), figura próxima de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, e que foi relator da PEC da Transição na casa legislativa. O nome do parlamentar, no entanto, enfrenta restrições no PT, que prefere acomodá-lo em um ministério como o do Turismo.

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A expectativa é que o partido tenha outras duas pastas, incluindo o Ministério da Integração Nacional. A ideia é que o nome escolhido seja uma indicação do senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), principal colegiado na casa legislativa.

Outro nome político esperado para ocupar a Esplanada dos Ministérios é o de Carlos Lupi, presidente nacional do PDT − sigla que disputou a Presidência da República com o nome de Ciro Gomes. Lupi deverá ocupar o Ministério do Planejamento.

Também há expectativas de que a solenidade tenha a apresentação dos futuros presidentes da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil e da Petrobras.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.