Lula mantém liderança na corrida pelo Planalto com 43% das intenções de voto, mostra Ipespe

A distância medida entre Lula e Bolsonaro, que agora é de 17 pontos, chegou a atingir 20 pontos no segundo levantamento de janeiro

Anderson Figo

PR - LULA-DEIXA-PRISÃO - GERAL - O ex-presidente Lula deixa a sede da Polícia Federal em Curitiba (PR), nesta sexta-feira (08), após ter pedido de soltura autorizado. O Supremo Tribunal Federal (STF), em julgamento, votou contra a prisão em segunda instância. 08/11/2019 - Foto: CASSIANO ROSÁRIO/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
PR - LULA-DEIXA-PRISÃO - GERAL - O ex-presidente Lula deixa a sede da Polícia Federal em Curitiba (PR), nesta sexta-feira (08), após ter pedido de soltura autorizado. O Supremo Tribunal Federal (STF), em julgamento, votou contra a prisão em segunda instância. 08/11/2019 - Foto: CASSIANO ROSÁRIO/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

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Uma nova pesquisa Ipespe divulgada nesta sexta-feira (25) mostra que, a pouco mais de sete meses para a eleição, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue à frente na disputa pelo Palácio do Planalto. O levantamento foi encomendado pela XP Inc.

No cenário estimulado para o primeiro turno (quando o eleitor escolhe seu candidato entre opções apresentadas pelo pesquisador), Lula aparece com 43% das intenções de voto, 17 pontos à frente de Jair Bolsonaro (PL).

O presidente registrou nova oscilação positiva e atingiu 26%, um ponto a mais que o obtido no levantamento anterior, da primeira quinzena do mês. Em seguida vêm Sérgio Moro, que manteve 8%, Ciro Gomes, que passou de 8% para 7%, e João Doria, que manteve os 3%.

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André Janones, Eduardo Leite, Simone Tebet e Felipe D’Ávila atingiram 1% cada um, enquanto Alessandro Vieira ficou com zero.

A distância medida entre Lula e Bolsonaro, que agora é de 17 pontos, chegou a atingir 20 pontos no segundo levantamento de janeiro (duas pesquisas atrás).

A tendência de alta nas intenções de voto de Bolsonaro coincide com melhora na avaliação do governo, que oscilou um ponto para cima pelo segundo levantamento consecutivo. Hoje, são 25% os que dizem ver o governo como ótimo ou bom (maior número desde novembro), contra 53% que o consideram ruim ou péssimo – menor número desde agosto.

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Foram realizadas 1.000 entrevistas de abrangência nacional, nos dias 21, 22 e 23 de fevereiro. A pesquisa está registrada no TSE sob o número BR-05015/2022. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

O índice de confiança é de 95,5% (o que significa que se a pesquisa fosse realizada 100 vezes, em 95 delas o resultado ficaria dentro da margem de erro).

Pesquisa espontânea

Na pesquisa espontânea (quando o eleitor aponta seu candidato sem que nomes sejam apresentados pelo pesquisador), Lula oscilou de 36% na primeira quinzena de fevereiro para os atuais 35%, e Bolsonaro foi de 24% para 25%. Os outros candidatos somam 10%.

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O levantamento mostra também estabilidade em relação à rejeição dos dois principais candidatos: continua em 43% a fatia que diz não votar em Lula de jeito nenhum e em 62% o grupo que diz não votar em Bolsonaro em nenhuma hipótese.

Segundo turno

Em cenários hipotéticos de segundo turno, o ex-presidente segue à frente do atual, com 54% a 32% — há quinze dias, o placar era 54% a 31%. Lula também vence os demais cenários contra Moro (52% a 31%), Ciro (51% a 25%), João Doria (54% a 18%) e Eduardo Leite (55% a 17%).

Com exceção da simulação em que supera Eduardo Leite por 39% a 35%, Bolsonaro permanece numericamente atrás nos outros cenários de segundo turno, mas oscila positivamente em todos eles: contra Ciro, perde agora por 47% a 35% (ante 45% a 33% na primeira quinzena de fevereiro); contra Doria, tem empate técnico, com 36% contra 39% do tucano (perdia por 40% a 34% no anterior); e na simulação em que enfrenta Moro, fica com 32% contra 33% do ex-ministro (era 32% a 30%).

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Economia

O percentual que considera a economia brasileira no caminho certo aumentou, passando de 27% para 29% — os que a veem no caminho errado ficaram estáveis em 63%.

Também melhorou a avaliação positiva da atuação de Bolsonaro frente à pandemia (ótima ou boa ficou em 25%, contra 23% na rodada anterior), e caiu de 30% para 23% a fatia dos que dizem estar com muito medo da pandemia — ao lado do registrado em outubro do ano passado, é o menor índice desde fevereiro de 2020.

Os que não estão com medo do Coronavírus somam 38%, o maior nível de toda a série.

Anderson Figo

Editor de Minhas Finanças do InfoMoney, cobre temas como consumo, tecnologia, negócios e investimentos.