Lula pede atuação do Brics para evitar escalada de conflito no Oriente Médio

Presidente voltou a cobrar mudanças no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas

Reuters

Presidente Lula fala com a imprensa durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto (Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)
Presidente Lula fala com a imprensa durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto (Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu nesta terça-feira (21) uma ação conjunta do Brics para evitar que o conflito entre Israel e o Hamas em Gaza se espalhe pelo Oriente Médio, citando a possibilidade de ação do grupo agora ampliado com a presença de quatro países da região.

“Devemos atuar para evitar que a guerra se alastre para os países vizinhos. É valiosa e imprescindível a contribuição do Brics, em sua nova configuração, junto a todos os atores em favor da autocontenção e da des-escalada”, afirmou o presidente durante cúpula virtual extraordinária do bloco chamada pela África do Sul para discutir a situação em Gaza.

Na última reunião do Brics, em setembro, foi aprovada a entrada de seis novos membros, sendo quatro deles do Oriente Médio: Egito, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.

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Lula também voltou a cobrar mudanças no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), citando a demora da entidade em aprovar uma resolução sobre tréguas humanitárias em Gaza, o que só ocorreu na semana passada.

“A paralisia do Conselho é mais uma demonstração da urgência da sua reforma”, afirmou, chamando a situação em Gaza de “tragédia humanitária.”

Lula ainda voltou a dizer que a solução para a região passa pela criação de um Estado palestino, e chamou a atenção para a situação na Cisjordânia, criticando os assentamentos judaicos na região.

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“Não podemos esquecer que a guerra atual também decorre de décadas de frustração e injustiça, representada pela ausência de um lar seguro para o povo palestino. É fundamental acompanhar com atenção a situação na Cisjordânia, onde os assentamentos ilegais israelenses continuam a ameaçar a viabilidade de um Estado palestino”, disse.