Maduro fala em estabelecer tamanho da dívida com Brasil e retomar os pagamentos

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também informou que será constituído um grupo de trabalho para tratar do tema

Estadão Conteúdo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, no Palácio do Planalto (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, no Palácio do Planalto (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Publicidade

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou, nesta segunda-feira (29), que vai criar uma comissão para estabelecer o tamanho da dívida com o Brasil e retomar os pagamentos. “Uma comissão para estabelecer esse tamanho e retomar os pagamentos. A comissão vai estabelecer a verdade”, disse Maduro em rápida conversa com jornalistas no Palácio do Itamaraty, após almoço oferecido pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para encerrar o dia de visita oficial ao Brasil.

Mais cedo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também informou que será constituído um grupo de trabalho para consolidar a dívida da Venezuela frente ao Brasil e que, a partir desses cálculos, será aplicada uma reprogramação do pagamento. “Vai se constituir grupo de trabalho para consolidar a dívida da Venezuela frente ao Brasil e, a partir dessa consolidação dos números, reprogramar o pagamento. É disso que a Fazenda foi tratar”, afirmou Haddad a jornalistas ao chegar no Ministério da Fazenda, para onde retornou após encontrar Maduro, no Palácio do Planalto, junto do presidente Lula.

O governo federal do Brasil estuda voltar a comprar energia da Venezuela para abastecer Roraima por meio do linhão de Guri e utilizar os valores para abater a dívida com o Brasil.

Continua depois da publicidade

O assunto será tratado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em reuniões com seu contraparte venezuelano.

Mais cedo, em coletiva de imprensa, Lula disse que vai retomar a parceria energética com o país vizinho. “Queremos recuperar nossa relação energética com a Venezuela. Aquele linhão de Guri tem que ser colocado em funcionamento. Não se justifica Roraima ser o único Estado fora da matriz energética brasileira, funcionando na base da termelétrica”, disse.