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O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, disse, nesta segunda-feira (16), que não vê a privatização de autoridades portuárias como o melhor modelo. “Não acredito no processo de privatizar a autoridade portuária, na minha opinião não será privatizada, o processo sequer foi aprovado no TCU, na minha visão tem uma série de problemas no próprio procedimento”, afirmou ele, após evento em Santos (SP).
Ele acrescentou que a privatização da autoridade portuária “parte do pressuposto de que o poder público é sempre incompetente”. “É um modelo que só existe em um único lugar no mundo, na Austrália, onde há um tremendo arrependimento no formato que foi feito, fizeram uma concessão por 99 anos e as tarifas dispararam”, relatou ele, sem dar detalhes. “Outorgar para um privado para que ele tome conta de quem entra e de quem sai do Porto de Santos seria um risco bem grande.”
As declarações do ministro foram dadas num momento em que cresce a expectativa sobre a privatização do Porto de Santos, o maior da América Latina. Na semana passada, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar do tema. Segundo relato de Tarcísio – ex-ministro de Infraestrutura do governo Bolsonaro -, Lula disse que não descartaria o leilão e que não estaria preso a “dogmas” nesta questão.