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SÃO PAULO – O Ministério Público Estadual (MPE) do Rio de Janeiro ajuizou uma ação contra o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB), o doleiro Lúcio Bolonha Funaro e outras dez pessoas por supostas fraudes na Prece (Previdência Complementar dos Funcionários da Cedae).
De acordo com o Ministério Público, o esquema gerou perdas de R$ 39 milhões aos fundos exclusivos da previdência dos funcionários. Também houve prejuízos de R$ 2 milhões à carteira própria do próprio fundo. Os 12 acusados vão responder por improbidade administrativa e a promotoria ainda pediu o sequestro de bens, no valor de R$ 21,8 milhões.
“Os rendimentos financeiros dos negócios que geravam lucro eram divididos entre o grupo de 12 pessoas, incluindo diretores da Prece, além de Eduardo Cunha e Lúcio Bolonha Funaro, apontado como operador de Cunha em esquemas de corrupção. Quando os investimentos geravam prejuízo, eram atribuídos exclusivamente à Prece, que ficava com as perdas. O esquema funcionou entre novembro de 2003 e março de 2006”, informou o Ministério Público.
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“A empresa usava o dinheiro da previdência da Cedae e dos 12 acusados, indistintamente, para investimento em ações. Ao fim de cada dia, quando já era possível identificar quais operações gerariam lucro ou prejuízo, os gestores atribuíam a titularidade dos melhores investimentos aos réus. Os piores eram imputados apenas à Prece. Assim, o grupo tinha sempre ganhos na bolsa. Apenas Eduardo Cunha teve lucro de R$ 917,3 mil, segundo a ação”, divulgou o MP.
(Com Agência Estado)