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SÃO PAULO – A BM&FBovespa ficou fechada nas últimas sexta e segunda-feira, mas o noticiário continuou bastante agitado para uma das principais empresas da Bolsa brasileira, a Petrobras (PETR3;PETR4), que vem sendo alvo de diversas polêmicas.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo no último domingo, o ex-presidente da petrolífera, José Sérgio Gabrielli, afirmou que a presidente brasileira, Dilma Rousseff, não pode fugir da responsabilidade sobre a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.
De acordo com Gabrielli, o relatório entregue ao Conselho de Administraçã foi “omisso” ao esconder duas cláusulas que constavam do contrato (de put option e de Marlim). Porém Dilma, que era ministra da Casa Civil e era presidente do Conselho, “não pode fugir da responsabilidade dela”. O ex-presidente da Petrobras ainda defendeu a compra da refinaria conforme as circunstâncias da época.
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E, segundo a oposição, a entrevista de Gabrielli reforça a instalação de uma CPI (omissão Parlamentar de Inquérito) para apurar os negócios da empresa.
Em meio à polêmica declaração de Gabrielli, Dilma defendeu as gestões petistas à frente da estatal em seu programa semanal de rádio e pediu ao ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que divulgasse seu posicionamento, destacando que os membros do Conselho de Administração da Petrobrás […] assumiram as suas responsabilidades nos termos do resumo executivo que foi apresentado pelo diretor internacional da empresa”.
A compra aprovada pela presidente foi de 50% da refinaria de Pasadena em 2006 num valor de US$ 360 milhões, em que a cláusula put option obrigava a companhia a comprar a outra fatia da belga Astra Oil em caso de desacordo comercial. Após uma disputa judicial, o negócio custou US$ 1,25 bilhão à estatal brasileira. Em 2005, a Astra tinha comprado a refinaria por US$ 42,5 milhões.
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Durante seu programa semanal de rádio, a presidente Dilma reforçou a política de conteúdo nacional da Petrobras e o “renascimento” da indústria naval do País. Ela afirmou que, graças à política de compras da Petrobras iniciada no governo Lula e desenvolvida no governo Dilma, “renasceu uma indústria naval dinâmica e competitiva, que irá disputar o mercado com as maiores indústrias navais do mundo”.
Dilma destacou que a indústria naval do país vive uma retomada a partir de decisão do governo de priorizar o produto nacional e passar a produzir no país os navios, plataformas e estaleiros de que a Petrobras necessita.
A presidente relatou que na última semana visitou um estaleiro em Ipojuca (PE) inaugurado há dez anos e agora produz grandes navios e plataformas para a produção de petróleo. “Pude comprovar mais uma vez a capacidade do Brasil de construir estaleiros, fabricar navios, produzir plataformas e ter uma indústria naval forte e competitiva, que agora gera empregos e garante renda a milhares de trabalhadores e suas famílias aqui no Brasil”, disse durante o programa.
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(Com Agência Brasil)