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BRASÍLIA – A Polícia Federal cumpre nesta sexta-feira oito mandados de prisão preventiva contra pessoas suspeitas de envolvimento nos ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília no dia 8 de janeiro, quando vândalos apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e vandalizaram o Palácio do Planalto e os prédios do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal.
Em nota, a PF disse ainda que também cumpre 16 mandados de busca e apreensão determinados pelo STF. Segundo a corporação, a operação, batizada de Lesa Pátria, está sendo feita em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.
“Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido”, afirmou a PF.
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A Polícia Federal informou que esta é a primeira fase da operação Lesa Pátria, que será permanente. As diligências desta sexta visam “identificar pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram” os atos golpistas do início do mês.
A PF não deu mais detalhes sobre a operação de imediato e tampouco informou os nomes dos alvos dos mandados de prisão preventiva. Ao mesmo tempo, disse que fornecerá “atualizações periódicas” sobre o número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas.
Separadamente, a Polícia Federal também informou que realiza a operação Última Patrulha, no Pará, para o cumprimento de oito mandados de busca e apreensão determinados pela 3ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Pará, no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), contra pessoas apontadas como extremistas antidemocráticos que teriam contribuído com os ataques em Brasília.
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“De acordo com as investigações, os seis extremistas alvos dos mandados prestaram auxílio material para tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos Poderes constitucionais”, disse a PF no Pará, sem revelar nomes.
“Eles são suspeitos de aderir, coordenar ou financiar o movimento antidemocrático que invadiu e vandalizou os prédios do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional. A investigação começou a partir das postagens em redes sociais de participantes do movimento contra o Estado Democrático de Direito.”