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SÃO PAULO – Nove pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal no inquérito da 14ª fase da Operação Lava Jato, denominada Erga Omnes, relacionado à construtora Andrade Gutierrez. Dentre elas, o presidente da empreiteira, Otávio Marques de Azevedo.
O prazo para encerrar o inquérito terminou no último domingo (19). A representação da PF será analisada agora pelo MPF (Ministério Público Federal), a quem caberá denunciar ou não os indiciados ao juiz federal Sergio Moro, que é o responsável por abrir ou não uma eventual ação penal. Os crimes citados no inquérito são contra a ordem econômica, corrupção ativa e lavagem de dinheiro e fraude à licitação.
Além de Otávio Marques de Azevedo, Rogerio Nora de Sá ( presidente da Andrade Gutierrez até 2011), Flavio Lucio Magalhães (suposto operador), Antônio Pedro Campello de Souza (ex-diretor da Andrade Gutierrez), Paulo Roberto Dalmazzo (ex-executivo da Andrade Gutierrez), Elton Negrão de Azevedo Júnior (diretor-executivo da Andrade Gutierrez). Mário Frederico Mendonça Goes (empresário e suposto operador do esquema), Lucélio Roberto Von Lehsten Goes (filho de Mário Goes) e Fernando Antonio Falcão Soares (suposto operador do esquema, conhecido como Fernando Baiano).
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O relatório parcial do inquérito concluiu que há indícios veementes de ajuste entre empreiteiras para obras que acabaram sendo executadas pela Andrade Gutierrez, “o que se extrai não apenas da fala de colaboradores, mas de evidências apreendidas no curso da operação, as quais se coadunam com o que veio a ocorrer junto aos certames”.
A empreiteira Andrade Gutierrez informou, por meio de nota, que não tem ou teve qualquer relação com os fatos investigados pela Lava Jato. “A empresa reitera que nunca participou de formação de cartel ou fraude em licitações, assim como nunca fez qualquer tipo de pagamento indevido a quem quer que seja. A empresa reafirma ainda que não existem fundamentos ou prova que justifiquem a prisão e o indiciamento de seus executivos e ex-executivos”.