Reforma precisava ser aprimorada e corria risco de rejeição, diz líder do PP

"Achamos que não se teria maioria para votar a reforma aqui hoje", disse Arthur Lira

Estadão Conteúdo

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O líder do PP na Câmara, Arthur Lira (AL), afirmou ao fim da reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara na tarde desta quarta-feira, 17, que havia o risco do parecer do relator da reforma da Previdência, Marcelo Freitas (PSL-MG), ser rejeitado pela avaliação da maioria dos deputados de que a matéria precisa ser aprimorada.

“Achamos que não se teria maioria para votar a reforma aqui hoje. Fizemos um acordo para que, se houver as mudanças no relatório, votamos o parecer na próxima semana”, disse Lira.

Uma nova reunião foi marcada para a próxima terça-feira, 23.

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Os líderes partidários se reunirão ainda nesta quarta com o secretário da Previdência e Trabalho do ministério da Economia, Rogério Marinho, para discutir as mudanças.

De acordo com Lira, o grupo de partidos de centro defende que cinco pontos sejam mudados como o fim da multa do FGTS paga a quem já é aposentado no caso de demissão, o abono salarial, a questão do Foro Nacional do Distrito Federal para a propositura de ações contra a União, e a possibilidade de se alterar a idade máxima dos ministros do Supremo Tribunal Federal por meio de projeto de lei complementar, além da desconstitucionalização da Previdência. Já a questão da capitalização será discutida na comissão especial, de acordo com ele.

Apesar das exigências de mudanças, Lira afirmou que o grupo de centro não está trabalhando para desidratar a reforma. “Queremos apenas retirar o que não é ligado à Previdência e o que pode ser considerado inconstitucional”, disse.