Relatório final da CPMI do 8/1 será entregue nesta terça à PGR e na quarta ao TCU

Relatora do texto diz que as quebras de sigilos dos investigados e as informações de segurança também serão levados ao Supremo e à PF

Equipe InfoMoney

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O relatório final da CPMI do 8 de Janeiro será entregue nesta terça-feira (24) à Procuradoria-Geral da República (PGR) e na quarta-feira (25) ao Tribunal de Contas da União (TCU). Aprovado na semana passada, o documento de mais de três mil páginas pede o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 60 pessoas por dezenas de crimes, entre eles tentativa de golpe, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e associação criminosa.

Entre os pedidos de indiciamento estão diversos militares que integraram o governo do ex-presidente, como os generais Walter Braga Netto (PL), ex-ministro chefe da Casa Civil e da Defesa e candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro nas eleições do ano passado; Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); e Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; além do tenente coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Também estão na lista de indiciamento nomes próximos a Bolsonaro e que atuaram em órgãos de segurança no governo anterior, como Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal; e Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF); além da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).

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A relatora do texto, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), diz que as quebras de sigilos dos investigados e informações de segurança também serão levados ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Polícia Federal (PF).

Parlamentares da oposição chegaram a apresentar um relatório alternativo, que pedia o indiciamento do atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sob acusação dos crimes de destruição do patrimônio público, dano qualificado e prevaricação.

Aliado de Bolsonaro, o senador Marcos Rogério (PL-RO) disse que o voto em separado da oposição também será compartilhado com a PGR. Ele disse esperar que as autoridades façam uma “investigação técnica, não política”.

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Pedidos de indiciamento:

(Com Agência Senado)