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Renato Casagrande (PSB) venceu a disputa de segundo turno pelo governo do Espírito Santo. Com 95,85% das urnas apuradas no estado até as 18h31 (de Brasília), ele tinha 1.126.846 votos, ou 53,90% do total.
Em segundo lugar ficou Manato (PL), que tinha 970.625 votos, ou 46,10% do total, até as 18h31. Os números estão sendo divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Engenheiro florestal e advogado por formação, Renato Casagrande é o atual governador do Espírito Santo e será conduzido ao seu terceiro mandato no Palácio Anchieta, a sede do governo capixaba.
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Casagrande também governou o Espírito Santo entre 2011 e 2014, após ter sido eleito no primeiro turno com 82,3% dos votos. Em 2018, venceu o pleito também no primeiro turno, dessa vez com 55%. Casagrande foi ainda deputado federal e senador, e teve passagens por PCdoB e PMDB (atual MDB) antes de se filiar ao PSB, em 1987.
O favoritismo do atual governador aglutinou um amplo espectro de partidos na mesma coligação, como PT, PDT, MDB e Cidadania, além de PP, Pros, PSB, Podemos, PCdoB, PV e PSDB. No segundo turno, a candidatura de Casagrande também ganhou o apoio do Solidariedade.
Semanas atrás, também chamou atenção a defesa do voto casado em Casagrande e Jair Bolsonaro (PL), que é do mesmo partido do seu rival, Manato. O agora governador reeleito chegou a ir a público para negar o apoio dos bolsonaristas à sua candidatura, defendendo o voto em Lula.
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Casagrande chegou ao segundo turno após obter 46,94% dos votos dos capixabas no primeiro turno. Derrotado neste domingo (30), Manato registrou 38,48% dos votos no primeiro turno.
A eleição de Casagrande para seu terceiro mandato já era apontada por pesquisas de intenção de voto. No levantamento do Ipec divulgado no dia 21 de outubro, o candidato à reeleição aparecia com 49% dos votos totais, contra 40% de Manato. Em votos válidos, a diferença era de 10 pontos percentuais (55% a 45%).
O que faz um governador?
O governador exerce o Poder Executivo no estado e no Distrito Federal. Cabe a quem ocupa o cargo representar, dentro do país, a respectiva Unidade da Federação nas relações jurídicas, políticas e administrativas. Na chefia da administração estadual, é auxiliado pelas secretárias e secretários de estado.
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Governadores podem propor leis e vetar ou sancionar leis aprovadas pelos deputados estaduais. Também respondem pela Segurança Pública dos estados, da qual fazem parte as polícias Civil e Militar e o Corpo de Bombeiros. Como no Brasil os estados (e o DF) têm autonomia, as competências e responsabilidades do cargo são estipuladas pelas respectivas Constituições estaduais (e, no caso do DF, por sua Lei Orgânica).
O mandato de um governador é de quatro anos, com possibilidade de reeleição para mais um mandato de quatro anos. Caso reeleito, o governador tem como limite o período de oito anos no poder, ou seja, ele não terá o direito de se reeleger novamente de forma consecutiva para o mesmo cargo.