Rodrigo Garcia, governador de São Paulo, declara “apoio incondicional” a Bolsonaro e Tarcísio

Objetivo da campanha do presidente à reeleição é ampliar a vantagem sobre Lula no Sudeste

Fábio Matos

O governador do Estado de São Paulo, Rodrigo Garcia (Foto: Governo do Estado de São Paulo)
O governador do Estado de São Paulo, Rodrigo Garcia (Foto: Governo do Estado de São Paulo)

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Derrotado no primeiro turno das eleições em São Paulo, o governador Rodrigo Garcia (PSDB) anunciou, nesta terça-feira (4), seu “apoio incondicional” às candidaturas do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) no segundo turno das eleições.

Bolsonaro enfrentará o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na rodada final do pleito nacional. Em São Paulo, Tarcísio terá como adversário o também petista Fernando Haddad. Garcia terminou a corrida eleitoral em terceiro lugar no estado, com 18,4% dos votos (cerca de 4,2 milhões).

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“O PSDB nacional está reunido neste momento declarando neutralidade e liberando, portanto, os estados. Eu, como candidato a governador pelo partido e como governador de São Paulo, declaro meu apoio incondicional ao presidente Bolsonaro e ao Tarcísio”, afirmou Garcia, ao lado dos dois. Os três se reuniram na capital paulista.

“Esse apoio do Rodrigo é muito bem-vindo, agradeço de coração a ele”, comemorou o presidente. “Ele já tinha um amigo, agora vai ter um melhor amigo ainda para propostas que ele porventura queira sugerir ao nosso governo”, prosseguiu Bolsonaro.

“É a nossa união com o governador Rodrigo, que faz parte desse projeto com mais intensidade a partir de agora. É o bem da nossa pátria, é a nossa liberdade que está em jogo”, completou o presidente.

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Bolsonaro já contava com o apoio de outros dois governadores do Sudeste, reeleitos no domingo (2): Romeu Zema (Novo), em Minas Gerais, e Cláudio Castro (PL), no Rio de Janeiro. Um dos principais objetivos da campanha à reeleição é ampliar a vantagem de Bolsonaro sobre Lula junto ao eleitorado da região, de modo que o provável apoio maciço do petista no Nordeste seja “compensado” de alguma forma.

A estimativa dos aliados de Bolsonaro é que o apoio oficial de Garcia permita a mobilização da máquina estadual nos municípios paulistas – o governador é aliado de cerca de 550 dos 645 prefeitos do estado. Além disso, o candidato à reeleição terá palanque no estado, com Tarcísio.

Em Minas, ainda de acordo com a projeção da campanha de Bolsonaro, Zema conta com o apoio de 600 de 853 prefeitos e, no Rio, Castro tem um domínio ainda maior (89 de 92).

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Além do Sudeste, Bolsonaro terá palanques importantes na região Sul do país. O governador reeleito do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), é aliado de primeira hora do presidente.

No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, onde a eleição será decidida no segundo turno, Bolsonaro terá o apoio dos candidatos mais votados na rodada inicial: Ônyx Lorenzoni (PL) e Jorginho Mello (PL), respectivamente.