Rui Costa diz que novo PAC será levado a Lula na próxima semana

Ressaltando o papel das PPPs e concessões, Costa voltou a reclamar do patamar de juros no País, que, segundo ele, impede a reindustrialização

Estadão Conteúdo

O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), fala à imprensa após reunião ministerial (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)
O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), fala à imprensa após reunião ministerial (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

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Ao reforçar a intenção do governo em lançar o novo PAC até o final do mês, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse nesta quinta-feira, 6, que o programa será apresentado na próxima semana ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “O novo PAC terá como diretriz basilar a sustentabilidade”, disse. O ministro ainda confirmou a criação da comissão interministerial para discutir a política de compras públicas, antecipada pelo Estadão/Broadcast.

“Essa comissão vai identificar o que podemos fazer em cada cadeia produtiva”, afirmou Costa na primeira reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI). Conforme mostrou o Estadão/Broadcast, os eixos do novo PAC tem relação direta com as sete missões estabelecidas pelo CNDI, entrosamento destacado pelo ministro da Casa Civil durante o encontro.

Ressaltando o papel das PPPs e concessões dentro do novo PAC, Costa voltou a reclamar do patamar de juros no País, o qual, segundo ele, impede a reindustrialização do Brasil. “Não há como reindustrializar o País com essa taxa de juros”, disse o ministro, que também fez referência ao papel do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na oferta de financiamento a custos viáveis.

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Costa, por fim, falou na necessidade de customização da formação de mão de obra para atender as demandas locais que surgirão com o lançamento do novo PAC. O presidente da CUT, Sérgio Nobre, também falou durante a reunião do CNDI e defendeu que, apesar do destaque dado a “neoindustrialização”, o governo dê atenção para a “velha indústria”, que ainda é fonte de emprego em várias regiões importantes do Brasil.