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SÃO PAULO – Maior bancada no Senado Federal, o MDB anunciou, nesta terça-feira (12), que Simone Tebet (MS) será a candidata do partido na eleição para a sucessão de Davi Alcolumbre (DEM-AP) na presidência da casa legislativa pelos próximos dois anos. A decisão foi tomada por unanimidade pelos membros da bancada, que agora conta com 15 representantes.
Filha do ex-senador Ramez Tebet, que chegou a comandar a Casa de 2001 a 2003, Simone Tebet tem 50 anos e está em seu primeiro mandato, mas já preside a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), principal colegiado do Senado.
Formada em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), foi deputada estadual do Mato Grosso do Sul, prefeita de Três Lagoas (MS) e vice-governadora do estado. Se eleita, será a primeira mulher à frente do Senado Federal.
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O anúncio da candidatura foi antecipado, em meio à percepção de crescimento do principal adversário na disputa, o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que conta com o apoio do atual presidente da casa legislativa, do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e outros sete partidos: PSD (11), PT (6), DEM (5), PL (3), Pros (3), Republicanos (3) e PSC (1).
Inicialmente, estava previsto para esta terça-feira apenas um evento de filiação dos senadores Veneziano Vital do Rêgo (PB) e Rose de Freitas (ES), que passaram a integrar a bancada com 19% dos assentos no plenário.
Agora, Simone Tebet terá de correr contra o tempo para costurar alianças para tornar sua candidatura competitiva. Internamente, a parlamentar disputou a vaga com o líder da bancada Eduardo Braga (AM) e com os líderes do governo na casa, Fernando Bezerra Coelho (PE), e no Congresso Nacional, Eduardo Gomes (TO).
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Os líderes governistas perderam tração na disputa após as sinalizações de apoio de Bolsonaro a Rodrigo Pacheco. Já Eduardo Braga perdeu espaço ontem (11), quando a bancada do PT anunciou a decisão de endossar a candidatura adversária. O líder do partido era visto como único emedebista capaz de atrair a maior sigla da oposição na casa.
Simone Tebet era vista como a candidata com mais chances de construir apoios fora do MDB. Agora, ela deverá trabalhar para confirmar essa imagem, em uma tentativa de selar acordos com o grupo suprapartidário Muda Senado, que conta com cerca de 20 membros de siglas como Podemos (9), PSDB (7) e PSL (2), e o bloco de oposição formado por PDT (3), PSB (1) e Rede (2).
Do outro lado, Rodrigo Pacheco já teria 32 votos na disputa, desconsiderando eventuais traições. São necessários ao menos 41 votos para uma vitória em primeiro turno. Mas como o voto é secreto, não há como ter garantia de apoio integral de uma bancada – embora no Senado Federal o controle sobre o comportamento das bancadas tenda a ser maior do que na Câmara dos Deputados.