Tarcísio defende aumentar o próprio salário para dar aumento real ao funcionalismo

Um projeto que tramita na Alesp prevê uma elevação na remuneração de R$ 23.048,59 para R$ 34.572,89

Equipe InfoMoney

Tarcísio Freitas, do Republicanos
Tarcísio Freitas, do Republicanos

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O governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou, na quinta-feira (18), considerar necessário promover um reajuste do teto salarial do funcionalismo público − que depende de um aumento do cargo que irá ocupar no comando do Poder Executivo estadual.

Segundo ele, o instrumento seria usado para compensar perdas salariais de servidores públicos, já que o teto está congelado desde 2019. Apesar disso, disse que é preciso “ter muita responsabilidade” na discussão do aumento de 50% para o primeiro escalão do governo, conforme proposta em tramitação na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. O texto prevê uma elevação na remuneração de R$ 23.048,59 para R$ 34.572,89, que poderia ter impacto de R$ 1,5 bilhão aos cofres públicos.

Na primeira reunião do governo de transição com o atual governador, Rodrigo Garcia (PSDB) − que apoiou na disputa em segundo turno contra Fernando Haddad (PT) −, Tarcísio disse que “existe a necessidade de recuperar poder de compra do funcionalismo público”, que seria beneficiado com o aumento do teto a partir do reajuste salarial do governador, mas que prefere tratar do assunto depois.

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“A gente tem que ter muita responsabilidade, porque quando se fala em aumento de salário do governador se fala na baliza para o teto do funcionalismo. E isso impacta uma série de carreiras e impede que uma série de profissionais tenha aumento real. Eles já têm uma perda salarial, porque esse teto está congelado desde 2019. Então, existe a necessidade de recuperar poder de compra do funcionalismo público”, disse.

“Temos que avaliar com responsabilidade. Entendo que isso é necessário, mas a gente tem que contemplar a questão espaço para fazer os ajustes que precisa fazer nas carreiras de entrada. Por isso, é um assunto que temos que olhar mais pra frente com muito cuidado e interagir com a Assembleia”, completou.