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A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), afirmou nesta quinta-feira (27), que aceita qualquer indicação que venha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e por isso respeita a escolha do economista Marcio Pochmann para presidir o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em conversa com jornalistas, Tebet disse que foi informada dias atrás de que Lula teria um nome para assumir o comando do instituto, mas não sabia de quem se tratava. Em entrevista à jornalista Miriam Leitão, exibida na GloboNews quarta-feira (26) e gravada antes de o governo oficializar a indicação, Tebet, ao ser questionada sobre a possibilidade de Pochmann assumir o IBGE, respondeu que não o conhecia.
“O presidente Lula não me fez um pedido até hoje, dentro do ministério ou fora. Ele não me pediu sequer a apoiá-lo no segundo turno [das eleições do ano passado]. Vocês se lembram que eu fiz uma declaração de apoio antes mesmo de conversar com o presidente Lula. Diante disso, nada mais justo do que apoiar o presidente, independente do nome que ele apresentaria”, afirmou nesta quinta.
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“O ministro Pimenta, não sabendo da reunião que tivemos com o presidente, anunciou preliminarmente. Já está colocado. O nome será oficializado no momento certo, depois da conversa que teremos com o presidente Lula. Acataremos qualquer nome que venha. O nome já está posto”, completou.
Ela frisou que a discussão com o escolhido de Lula será técnica e que ele será tratado como um técnico, e uma reunião deve ocorrer nos próximos dias. A indicação do novo presidente do IBGE foi anunciada na tarde de quarta, pelo ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta.
Formado pela Universidade de Campinas, Marcio Pochmann tem passagem pela direção do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) ao longo de outras gestões petistas, entre os anos de 2007 e 2012. Nos últimos anos, dirigiu a Fundação Perseu Abramo, think tank ligado ao Partido dos Trabalhadores.
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Segundo Tebet, o presidente interino do IBGE, Cismar Azeredo, cumpriu uma missão exemplar ao trazer e apresentar para o Brasil os resultados do censo demográfico, mas havia consenso formado dentro do ministério sobre a necessidade de um novo nome para dirigir o instituto.
“Gastar bem o que se tem passa pelo diagnóstico preciso do IBGE, enquanto instituto sério e responsável costuma fazer. Quero deixar muito claro que já havia um consenso dentro do meu ministério e do Palácio [do Planalto], de que nós faríamos no momento oportuno a troca do presidente do IBGE”, frisou.