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O Ibovespa futuro, após abrir com leve baixa, no pré-mercado desta quarta-feira (21), passou a operar levemente positivo. Às 9h35, o contrato do principal índice brasileiro subia 0,11%, aos 113.510 pontos, alinhado com o que é visto nos Estados Unidos.
Na véspera, no entanto, o Ibovespa avançou enquanto, lá fora, os índices americanos caíram de forma mais atenuada.
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Em Nova York, os futuros de Dow Jones e S&P 500 sobem, respectivamente, 0,37% e 0,34%. O Nasdaq, por sua vez, avança 0,15%.
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Investidores, por lá, estão cautelosos com a decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) a respeito da taxa de juros americana, marcada para sair na tarde de hoje.
O consenso do mercado, até então, é de uma alta de 75 pontos-base da fed funds, com a taxa indo para o intervalo de 3% a 3,25% – mas há quem acredite que os diretores do Federal Reserve podem surpreender e elevar a taxa em 100 pontos.
O título do tesouro americano com vencimento em dois anos opera estável, a 3,957%, e o de dez anos recua 3,5 pontos, a 3,538%.
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“Bolsas internacionais amanhecem levemente positivas, à medida que os investidores aguardam a decisão do Federal Reserve e as tensões geopolíticas escalam na Europa. O mercado atualmente precifica uma alta de 75 pontos-base na taxa básica de juros americana. Sendo assim, um aumento acima do esperado poderá catalisar um novo movimento de venda generalizada nas bolsas globais”, comenta a XP Investimentos, em seu morning call.
Os analistas da corretora destacam também as notícias de que Vladimir Putin mobilizou novas tropas para marchar até a Ucrânia e reiterou a possibilidade de uso de armas nucleares.
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“A escalada do conflito Rússia-Ucrânia aumenta a aversão ao risco dos mercados financeiros e impulsiona ainda mais o dólar americana”, lembra a corretora.
Ibovespa Futuro e o dólar
O DXY, índice que mede a força do dólar frente a outras moedas de países desenvolvidos, avança 0,46%, aos 110,71 pontos, e volta a atingir novas máximas, superando patamares não vistos há 20 anos.
Frente ao real, a moeda dos EUA, no entanto, recua 0,14%, a R$ 5,144 na compra e a R$ 5,145 na venda.
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Os índices europeus operam no verde. O DAX, da Alemanha, sobe 0,02%, e o CAC 40, da França, 0,09%. O FTSE, do Reino Unido, tem alta maior, de 0,88%, bem como o STOXX 600, de toda a zona do euro, que avança 0,51%.
Na Ásia, os principais índices fecharam em queda. O Nikkei, do Japão, caiu 1,36%, e o Kospi, da Coreia do Sul, 0,87%. Shanghai, da China continental, recuou 0,17% e o HSI, de Hong Kong, 1,79%.
“A China encerrou em baixa com perspectivas de novas pressões do setor imobiliário. A autoridade monetária de Hong Kong precisará acompanhar o movimento de alta na taxa de juros americana para manter seu sistema de câmbio vinculado ao dólar. Como resultado, participantes do mercado começam a especular que o movimento poderá afetar ainda mais a demanda por financiamentos imobiliários”, contextualiza a XP.
O minério de ferro caiu 0,9% no porto de Dalian, a US$ 99,79 a tonelada. O petróleo Brent, no entanto, surfa nas tensões geopolíticas e sobe 2,28%, a US$ 92,68 o barril.
Juros operam à espera de Fed e Copom
No Brasil, a curva de juros opera próximo da estabilidade, mas com tendência de queda. Os DIs para 2023 têm sua taxa recuando um ponto-base, a 13,77%, bem como os para 2025, que vão a 11,87%. Os rendimentos dos DIs para 2027 e 2029 perdem, ambos, dois pontos, a 11,51% e 11,61%. Na ponta longa, o DI para 2031 vai a 11,70%.
“No Brasil, destaque para a reunião do comitê de política monetária do BCB (Copom). Os dados desde a última reunião foram, a nosso ver, de neutro para positivo para as perspectivas de inflação. A queda da inflação corrente e as expectativas de inflação mais estáveis sugerem um cenário mais benigno. No entanto, a demanda doméstica mais forte do que o esperado e o mercado de trabalho ainda apertado podem atenuar a desinflação à frente”, destaca a XP.
Análise de Pamela Semezzato, analista de investimentos da Clear Corretora
Ibovespa
“Deu continuidade com uma leve alta ontem, mas seguimos ainda na consolidação sem rompimento das extremidades que definirão um novo movimento mais forte e direcional. Suporte: 109.000 pontos; resistência: 114.200 pontos.”
Dólar
“Dois dias de movimento vendedor forte, mas sem confirmar novo movimento de tendência. Seguimos aguardando um rompimento para confirmar a força da tendência. Suporte: 5.100; resistência: 5.300 pontos.”