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Ibovespa Futuro segue movimento da véspera e sobe no primeiro pregão de novembro, com exterior e política no radar

Resultados corporativos e noticiário político movimentam mercado doméstico após eleição

Felipe Moreira

B3  Bovespa  Bolsa de Valores de São Paulo  (Germano Lüders/InfoMoney)
B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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O Ibovespa Futuro opera em alta e amplia os ganhos da véspera nos primeiros negócios desta terça-feira-feira (1), em linha com pré-mercado dos Estados Unidos e bolsas da Europa.

Às 9h17 (horário de Brasília), o contrato para dezembro tinha alta de 0,68%, aos 118.225 pontos. Cabe destacar que, na véspera, o Ibovespa fechou em alta de 1,31% no primeiro dia, enquanto o dólar caiu 2,54%, após Luiz Inácio Lula da Silva vencer a corrida presidencial, diante da percepção de menor risco de contestação do resultado, que ofuscou a forte queda de Petrobras e Banco do Brasil.

Novembro começa com expectativa por um pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro (PL) após derrota nas urnas e tensão envolvendo caminhoneiros bolsonaristas pelo país. Bolsonaro segue em um inédito silêncio sobre a derrota nas urnas para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no domingo e espera-se que ele de alguma declaração, ainda que por escrito, nesta terça-feira.

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Enquanto isso, seguem no radar os protestos de caminhoneiros bolsonaristas pelo país alegando sem fundamentos que houve fraudes nas urnas, e pedindo desrespeito aos resultados. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que forças policiais tomem todas as medidas necessárias para desobstruir rodovias bloqueadas por protestos de caminhoneiros, e a maioria dos ministros da corte acompanhou a decisão.

Já Lula tem reunião em São Paulo em que deve discutir questões sobre a transição de governo, e à noite viaja para a Bahia onde deve tirar alguns dias de folga. Ele não tomará nenhuma decisão ou anunciará nomes para compor o primeiro escalão de seu governo nesta primeira semana depois das eleições, disseram à Reuters fontes da equipe.

Em Wall Street, os índices futuros operam hoje em alta, apagando parte das perdas da sessão anterior, antes da decisão do Fed sobre juros na próxima quarta-feira (1).

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Nesta manhã, Dow Jones Futuro subia 0,60%, S&P Futuro avançava 0,89% e Nasdaq Futuro tinha alta de 1,16%.

No câmbio, o dólar comercial operava com queda de 0,34%%, cotado a R$ 5,146 na compra e na venda, após cair mais de 2% no primeiro pregão após o resultado da eleição presidencial. Já o dólar futuro para dezembro tinha baixa de 0,67%, a R$ 5,178.

Já os contratos futuros também operam em leve alta em sua maioria. O DIF23 (janeiro para 2023) opera estável a 13,67%; DIF25, tem alta de 0,02 ponto percentual (pp), a 11,72%; DIF27, +0,01 pp, a 11,52%; e DIF29, 0,00 pp, a 11,62%.

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No cenário local, a produção industrial brasileira caiu 0,7% entre os meses de agosto e setembro acumulando sua segunda taxa negativa seguida. A retração foi um pouco mais forte que a esperada: o consenso Refinitiv aponta para queda de 0,6%.

Exterior

Os mercados europeus operam também operam em alta, com agentes do mercado focados na decisão de juros nos EUA na próxima quarta-feira (2).

As ações da região fecharam em alta na segunda-feira, apesar da inflação de preços ao consumidor da zona do Euro subir para um recorde em outubro e da desaceleração acentuada do PIB no terceiro trimestre.

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Ásia

As ações em Hong Kong subiram mais de 5% e lideraram os ganhos da região Ásia-Pacífico depois de encerrar o mês de outubro com uma perda de mais de 14%, pairando em torno dos níveis mais baixos desde abril de 2009.

O movimento de alta acontece após especulações sobre negociações de relaxamento das restrições para conter a Covid-19 ocorrendo na China, com Pequim preparando o relaxamento de sua rigorosa política de lockdowns no começo do ano que vem.

O Reserve Bank of Australia elevou as taxas de juros em 25 pontos base pela segunda vez consecutiva, em linha com as expectativas.

Os preços dos contratos de minério de ferro sobem, revertendo partes das perdas acumuladas nos últimos dias. Além dos rumores de um possível relaxamento das restrições para a conter a Covid-19 na China, a alta é atribuída a um suporte técnico após uma forte perda mensal em outubro.

As cotações do petróleo operam em alta, com o enfraquecimento do dólar compensando as preocupações sobre a demanda.

(com Reuters)