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Apesar da disparada no pregão desta quarta-feira (26), as ações da MRV (MRVE3) seguem com fortes perdas, de quase 15%, em 2023, e de 38% em um ano. Os papéis se recuperaram hoje, fechando com alta de 6,89%, cotados a R$ 6,52, mas mesmo assim ainda acumulam perdas de 4,5% nesta semana.
Assim como as demais construtoras, as ações da empresa operam sob expectativa de decisão do STF em relação à revisão da correção do FGTS. O assunto afeta, sobretudo, companhias voltadas à baixa renda, como a MRV. Por enquanto, apenas dois ministros votaram.
Diante deste contexto, a percepção de analistas técnicos é de que as ações da construtoras operam com tendência de queda. Confira, agora, a análise completa das ações da MRV.
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Análise técnica: MRVE3
Para Pam Semezzato, analista técnica da Clear, a tendência de baixa do papel se iniciou em 2021, quando não conseguiu romper a região de resistência dos R$ 19,50, confirmando “força na queda com o rompimento do suporte de R$ 8,00, em dezembro do ano passado.”
“Pelo principio da bipolaridade, testou a região de suporte, que agora é resistência, e se manteve abaixo, indicando novos movimentos de baixa”, acrescentou Pam.
Gráfico semanal MRVE3: 2017 a 2023
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A analista destaca que, se a ação confirmar o rompimento de fundo anterior, em R$ 5,50, pode testar região de suporte, em R$ 3,70 e R$ 4,30.
MRVE3: Sem sugestão de compras
Pam ressalta que, no ponto em que a ação se encontra, no curtíssimo prazo, não há uma sugestão compras, isso porque o papel “não mostrou falha de rompimento ou barras de reversão; nem vendas, por estar muito próximo do suporte, de R$ 5,50.”
“O ideal seria aguardar um sinal melhor para novas entradas e decisão de um novo movimento”, reforça.
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Gráfico diário MRVE3: novembro/2022 a abril/2023
Para a Levante, em relatório assinado por Enrico Cozzolino, no médio prazo, a tendência é de baixa; e, no curtíssimo prazo, com a entrada de volume e muita volatilidade, há dinâmica de preços “indicando talvez uma exaustão do movimento de baixa, mas que ainda precisa de uma confirmação através do rompimento dos últimos topos.”
Gráfico diário MRV: maio/2022 a abril/2023
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Em cenário otimista, a Levante destaca o rompimento das resistências nos R$ 7,30 e R$ 8,00, o que reverteria no curto prazo a tendência de baixa. Ao contrário, em um cenário pessimista, o rompimento do suporte e a renovação das mínimas reforçaria a tendência de baixa.
Os pontos de suporte da MRV, para a Levante, estão em R$ 6,10 (1) e R$ 5,48 (2), enquanto as resistências em R$ 7,30 (1) e R$ 8,00 (2).
Tendência de baixa
Para o analista da Top Gain, Matheus Lima, na análise do gráfico semanal, se observa uma tendência primária de baixa, iniciada em janeiro de 2021.
“Desde março inicia uma tendência secundária de alta, ao ganhar R$ 6,57, que foi o último topo deixado em fevereiro, mas encontra uma defesa muito forte de vendedores, ao alcançar os R$ 7,97, indicando uma forte resistência”, aponta.
Gráfico semanal MRV: outubro/2021 a abril/2023
Analisando o gráfico diário, Lima pontua que a ação começa a deixar fundos mais altos e demostra uma expectativa mais altista, “depois de no último pregão deixar um martelo de alta, recusando o topo de fevereiro, em confluência com a retração de 38,2% aos R$ 6,45.”
“Caso os próximos pregões o papel faça fechamentos acima da média móvel de 20 períodos, podemos ver novos testes e possível rompimento da resistência deixada na região entre R$ 7,97 e R$ 7,83, e continuação da tendência secundária de alta”, acrescenta.
Para ele, o próximo alvo é o topo do canal de baixa, na região de R$ 9,50, uma valorização de 39%. “Num cenário mais pessimista podemos ver o papel perder o fundo deixado no começo deste mês e voltar a testar o R$ 5,51, para dar continuidade na tendência primária de baixa ou continuar lateralizado, por mais alguns meses, entre R$ 5,51 e R$ 7,97.”
Gráfico semanal MRV: dezembro/2022 a abril/2023
Por fim, Gustavo Massotti, analista chefe da Wisir Research, aponta que há clara tendência de queda no longo prazo para as ações, que cedem mais de 55% nos últimos 24 meses. “Das 18 semanas já transcorridas em 2023, a MRV fechou no terreno negativo em 13 delas.”
Gráfico mensal: 2008 a 2023
Para Massotti, no médio prazo, o ativo trabalha em uma acumulação de preços, formando um retângulo, que apresenta como base a região dos R$ 5,50 (antigo topo do início do principal movimento de alta em 2015), e teto na na região dos R$ 8,00 (máxima anual).
Gráfico semanal: agosto/2020 a abril/2023
No curto prazo, acrescenta ele, a MRV vem de forte queda na semana, mesmo com a alta do pregão desta quarta-feira, “tentando se manter acima dos R$ 6,00.”
“Um repique de alta se daria com novos fechamentos acima da região dos R$ 6,35, que têm como projeções os R$ 6,70 – R$ 6,90“, finaliza.
Gráfico diário: setembro/2022 a abril/2023
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