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O Ibovespa Futuro opera com alta nos primeiros negócios desta segunda-feira (30), enquanto investidores monitoram as tensões persistentes no Oriente Médio em meio à investida de Israel contra Gaza, em início de semana marcada por decisões de política monetária nos Estados Unidos e Brasil.
A maioria dos agentes de mercado espera uma redução da taxa Selic em 0,50 pp, para 12,25% ao ano. Além disso, a agenda de hoje traz Caged, que deve apresentar desaceleração suave na geração líquida de empregos formais em setembro ante agosto (208 mil vs. 220 mil).
Na seara política, investidores seguem à espera do posicionamento do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após o presidente Lula afirmar na última sexta-feira que a meta de déficit zero em 2024 não seria alcançada, o que derrubou o mercado brasileiro na sexta-feira. Haddad tem encontro marcado com Lula a partir das 9h, seguido de coletiva às 10h30.
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Às 9h11 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em dezembro operava com valorização de 0,65%, aos 115.750 pontos.
Na temporada de resultados, atenção para Assai (ASAI3) e Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) que apresentarão seus balanços hoje, e Ambev (ABEV3), Vamos (VAMO3), Carrefour (CRFB3), CCR (CCRO3), PRIO (PRIO3) após o fechamento na terça-feira (31).
Em Wall Street, os índices futuros operam com alta, com investidores montando posições com foco na decisão de juros da próxima quarta-feira. A maioria das apostas indica manutenção da taxa no patamar atual, de 5,25% a 5,50% ao ano.
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Entretanto, investidores ficarão atentos a sinais sobre quais serão os passos seguintes do BC americano.
Nesta manhã, o Dow Jones Futuro subia 0,64%, S&P Futuro avançava 0,69% e Nasdaq Futuro registrava alta de 0,81%.
De volta ao cenário nacional, a projeção para a inflação de 2023 feita por analistas voltou a cair na semana, mas a estimativa para o IPCA de 2024 subiu, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (30) pelo Relatório Focus do Banco Central. A previsão para o crescimento do PIB neste ano teve novo recuo, segundo a pesquisa.
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Dólar hoje
O dólar comercial operava com queda de 0,40%, cotado a R$ 4,992 na compra e R$ 4,993 na venda.
Já o dólar futuro (DOLX23) para novembro descia 0,53%, indo aos 4.993 pontos.
Enquanto isso, DXY, índice que mede a força do dólar perante à uma cesta de moedas, caía 0,17%, a 106,38 pontos.
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No mercado de juros, os contratos operavam com baixa em sua maioria. O DIF24 (janeiro para 2024) opera com baixa de 0,02 pp, a 12,07%; DIF25, -0,01 pp, a 10,98%; DIF26, -0,01 pp, a 10,80%; DIF27, -0,01 pp, a 10,98%; DIF28, -0,01 pp, a 11,20%; DIF29 0,00 pp, a 11,37%.
Exterior
Os mercados europeus operam no azul, apesar da volatilidade contínua no Oriente Médio, enquanto investidores avaliam desempenho econômico melhor do que o esperado da Alemanha e mais balanços corporativos, em uma semana que também trará decisões de juros nos EUA e no Reino Unido.
Ajudando a sustentar o apetite por risco, que vem desde a abertura dos negócios, o PIB da Alemanha encolheu menos do que se previa no terceiro trimestre, com queda de 0,1% ante os três meses anteriores. Além disso, houve revisão para cima de dados anteriores, levando a maior economia da Europa a evitar a recessão anteriormente anunciada, entre o fim do ano passado e começo deste ano.
No meio da manhã, serão conhecidos dados preliminares da inflação ao consumidor (CPI) alemão referentes a outubro.
O HSBC reportou um aumento de 235% no lucro após impostos, para US$ 6,26 bilhões no terceiro trimestre, o que, no entanto, foi inferior às expectativas. O maior banco da Europa em ativos também anunciou uma recompra adicional de ações. As ações listadas em Londres abriram em alta de 0,8%.
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam sem direção definida, enquanto investidores aguardam pelas decisões de política monetária do Japão e da Malásia, dados de inflação da Coreia do Sul e números do produto interno bruto (PIB) de Taiwan e Hong Kong.
O Nikkei, do Japão, caiu 0,95%, com o Banco do Japão iniciando sua reunião de política monetária de dois dias.
Em contraste, Kospi, da Coreia do Sul, subiu 0,34%, enquanto Shanghai avançou 0,12%.
Na Austrália, o S&P/ASX 200, caiu 0,79%, já que o país viu um aumento mais rápido do que o esperado nas vendas no varejo de setembro.
Já o índice Hang Seng, de Hong Kong, subiu 0,04%.
Petróleo cai, enquanto minério fecha em alta
Os preços do petróleo recuam mesmo depois de Israel ter enviado forças terrestres para a Faixa de Gaza, aumentando as tensões no Oriente Médio, enquanto investidores monitoram de perto a reunião de política monetária dos EUA na quarta-feira.
As cotações do minério de ferro na China fecharam com forte alta, impulsionada pela sólida demanda e pelo otimismo após a decisão do principal consumidor, a China, de rolar estímulo fiscal.
O minério de ferro de referência de novembro na Bolsa de Cingapura subiu 0,15%, para US$ 119,85 a tonelada, mas os temores persistentes de taxas de juros mais altas nos EUA limitaram os ganhos. Já o de Dalian avança mais de 2%.