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O Ibovespa fechou com alta de 0,23% nesta segunda-feira (6), aos 118.431,25 pontos. O índice acompanhou a movimentação lá fora, em sessão marcada por oscilação e fechamento com leve avanço para os principais índices de Nova York.
Na primeira sessão com horário ampliado, a Bolsa brasileira também refletiu movimentos de realização de lucros após uma semana mais curta, mas positiva, que teve como principal suporte expectativas de que o ciclo de alta da taxa de juros nos Estados Unidos tenha chegado ao fim. A partir desta segunda-feira, o horário de negociação no mercado de ações brasileiro muda em razão do término do horário de verão nos EUA. No mercado à vista, o call de fechamento agora tem início às 17h55 e acaba às 18h.
“Bolsas americanas, que passaram a maior parte do dia no positivo, ficaram bem voláteis. Embora os dados de Payroll tenham vindo melhores que o esperado, o mercado segue esperando novos dados americanos e declarações do Federal Reserve que possam de certa forma confirmar o início de queda de juros por lá, o que ainda não aconteceu”, destacou Fabio Louzada, economista e fundador da Eu me banco
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Em Wall Street, os principais índices fecharam com leve alta após apresentarem sua melhor semana do ano. Os índices encerram o dia com Dow Jones crescendo 0,10%, S&P 500 avançando 0,18% e Nasdaq subindo 0,30%.
No mercado de Treasuries, o título de dez anos subiu 9,1 pontos-base (pb), a 4,649%, enquanto o título com vencimento de 2 anos teve alta de 10,9 pb em seus rendimentos, a 4,941% e com vencimento de 5 anos subiu 10,8 pb em seus retornos, 4,596%.
O dólar encerrou o dia com queda de 0,17%, cotado a R$ 4,887 na compra e R$ 4,888 na venda. A divisa norte-americana foi na contramão e avançou na comparação com as principais moedas do mundo, com o DXY em alta de 0,18%.
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Os preços do petróleo fecharam em alta, apoiados por expectativa de aperto na oferta, após a notícia de que Arábia Saudita e Rússia vão manter sua produção restrita até o fim do ano.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro fechou em alta de 0,38% (US$ 0,31), a US$ 80,82 o barril. Enquanto isso, o Brent para janeiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), subiu 0,34% (US$ 0,29), a US$ 85,18 o barril.
Por aqui, os juros encerram o dia em alta, acompanhando o avanço dos Treasury yields lá fora.
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“Os juros futuros subiram e acompanharam os yields externos, devolvendo parte da queda recente causada pelo FOMC dovish e payroll, com a questão fiscal interna sem maior impacto sobre os preços, mesmo com noticiário sobre a resistência de Fernando Haddad em alterar a meta de déficit zero e declaração de Arthur Lira de que não vê mudança por parte do Congresso”, considera Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos.
A taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 10,86%, ante 10,826% do ajuste anterior, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2026 estava em 10,715%, ante 10,606% do ajuste anterior.
Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2027 estava em 10,91%, ante 10,776%, enquanto a taxa para janeiro de 2028 estava em 11,145%, ante 11,016%.
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O dia foi de volatilidade no Ibovespa, com destaque para o desempenho de Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4).
“As ações das aéreas recuaram, com uma combinação de fatores conjunturais, como as altas do DI, petróleo e dólar, além da nova revisão do guidance para o final do ano e o balanço do terceiro trimestre de 2023 da Gol”, destacou Nishimura.
Entre as maiores altas do dia, estiveram BRFS (BRFS3), com avanço de 12,87%, cotada a R$ 12,80 e Marfrig (MRFG3), com alta de 8,61%, a R$ 7,32.
(com Reuters)