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O Ibovespa Futuro opera com baixa nos primeiros negócios desta terça-feira (7), seguindo exterior e com investidores digerindo a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que reduziu a taxa básica de juros (Selic) em 0,50 ponto percentual, para 12,25% ao ano.
O Banco Central destacou no documento que cresceu a incerteza sobre a capacidade do governo em cumprir as metas fiscais estabelecidas, o que ampliou riscos, voltando a defender que os objetivos para as contas públicas sejam buscados com firmeza.
Investidores também acompanham falas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (8h30), do diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo nesta manhã e Fernando Haddad, ministro da Fazenda (11h20).
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Já Câmara deve votar à tarde o relatório preliminar da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 e a CCJ do Senado, parecer da reforma tributária.
No noticiário corporativo, após Itaú, Vibra e Gerdau divulgarem seus números, os balanços de Eletrobras, Rede D’Or, Totvs e Movida são esperados nesta terça-feira.
Às 9h12 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em dezembro operava com queda de 0,58%, aos 119.160 pontos.
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Em Wall Street, os índices futuros dos Estados Unidos operam com baixa, uma vez que o otimismo sobre a flexibilização das condições monetárias pelo Federal Reserve no próximo ano se dissipava, com os mercados aguardando declarações de mais autoridades do banco central.
Depois de um forte rali na semana passada, impulsionado pela queda dos rendimentos dos Treasuries, as ações perderam o ímpeto nos últimos dias, já que os investidores aguardam declarações de autoridades do Fed em busca de sinais de um recuo em relação às expectativas de que a taxa de juros dos EUA atingiu o pico.
Aumentando a pressão sobre as ações, os rendimentos dos Treasuries também se recuperaram das mínimas de várias semanas na sessão anterior, antes dos grandes leilões de títulos nesta semana que podem determinar se há demanda suficiente para a dívida do governo dos EUA.
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Na agenda, destaque para uma bateria de falas de dirigentes do BC americano, que poderão movimentar os mercados na véspera da conferência do presidente da instituição, Jerome Powell.
Nesta manhã, o Dow Jones Futuro caía 0,37%, S&P Futuro recuava 0,39% e Nasdaq Futuro registrava queda de 0,34%.
Dólar hoje
O dólar comercial operava com alta de 0,10%, cotado a R$ 4,893 na compra e R$ 4,894 na venda.
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Já o dólar futuro (DOLZ23) para dezembro subia 0,05%, indo aos 4.903 pontos.
Enquanto isso, DXY, índice que mede a força do dólar perante à uma cesta de moedas, avançava 0,46%, a 105,68 pontos.
No mercado de juros, os contratos operavam com baixa após alta da véspera, quando acompanhou o movimento de escalada dos rendimentos (yields) dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos (Treasuries) e a maior percepção sobre o risco fiscal no mercado doméstico. O DIF24 (janeiro para 2024) opera estável, a 12,01%; DIF26, -0,01 pp, a 10,71%; DIF28, -0,01 pp, a 11,12%; DIF31 -0,01 pp, a 11,47%.
Exterior
Os mercados europeus operam em baixa, à medida que o impulso positivo estagnou na região. O Stoxx 600 caiu 0,24% na abertura, com a maioria dos setores em queda. O setor de petróleo e gás caiu 1,2% depois que a gigante saudita Aramco relatou uma queda acentuada nos lucros, enquanto os serviços financeiros ganharam 0,56%.
O índice preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) atingiu 0,5% no mês de setembro. O consenso LSEG apontava para alta mensal de 0,5% e queda anual de 12,5%.
As ações da Watches of Switzerland lideraram os ganhos iniciais, com alta de 13%, depois que a empresa relatou receitas mais altas e disse que esperava mais que dobrar os lucros até o ano fiscal de 2028.
Já o Banco suíço UBS subiu 3,15% após os primeiros resultados trimestrais completos desde a aquisição completa do Credit Suisse.
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam com perdas generalizadas, com destaque para queda das ações da Coreia do Sul após forte alta da véspera.
A baixa das bolsas asiáticas foi impulsionadas por dados da balança comercial da China, bem como um aumento das taxas pelo Banco Central da Austrália.
Pequim reportou uma queda pior do que o esperado nas exportações em outubro, enquanto as importações aumentaram surpreendentemente em comparação com o ano anterior.
A agência alfandegária da China disse que as exportações em dólares americanos caíram 6,4% em outubro em relação ao ano anterior. Isso é pior do que a queda de 3,3% prevista por uma pesquisa da Reuters.
As importações aumentaram 3% em dólares americanos em outubro em relação ao ano anterior. Isso contrasta com a previsão da Reuters de uma queda de 4,8% em relação ao ano anterior.
O BC da Austrália aumentou a sua taxa de juros em 25 pontos base, para 4,35%, em linha com as expectativas da Reuters.
Commodities
Os preços do petróleo operam com baixa, com dados econômicos mistos da China compensando o impacto da extensão dos cortes de produção da Arábia Saudita e da Rússia.
As cotações do minério de ferro na China fecharam em baixa após dados da balança comercial chinesa.
As importações de minério de ferro da China em outubro caíram 1,8% em relação a setembro, mostraram dados alfandegários nesta terça-feira, caindo pelo segundo mês consecutivo, à medida que o estreitamento das margens de aço, os cortes mais amplos de produção entre as siderúrgicas e os preços elevados reduziram o apetite dos compradores.
A queda ocorreu no momento em que menos de um quinto das siderúrgicas chinesas pesquisadas disseram que estavam operando com lucro no final de outubro, abaixo dos cerca de um terço no final de setembro, mostraram dados da consultoria Mysteel.
A taxa de utilização da capacidade entre as usinas de alto-forno pesquisadas também caiu para 90,73% em 27 de outubro, abaixo dos 93,08% em 29 de setembro, segundo dados da Mysteel.