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O Ibovespa fechou em alta de 0,64% nesta terça-feira (28), aos 126.538 pontos, perto das máximas desde 2021. O principal índice da Bolsa brasileira contou com ajuda do cenário externo e também das petroleiras.
Em Nova York, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq subiram, respectivamente, 0,24%, 0,10% e 0,29%.
“Esse bom humor dos mercados mundiais neste mês de novembro foi impulsionado, na minha visão, pelo arrefecimento da curva de juros futuros nos Estados Unidos e, consequentemente, do Brasil, nas últimas semanas”, diz Elcio Cardozo, especialista em mercado de capitais e sócio da Matriz Capital.
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O dia de hoje, no cenário internacional, não foi marcado por notícias tão relevantes. O destaque acabou ficando para falas do diretor do Federal Reserve Christopher Waller, que afirmou que se sente encorajado pelos primeiros sinais de moderação da atividade econômica nos EUA, e que a política monetária parece estar em posição para retornar a inflação à meta de 2%.
Os treasuries yields (o rendimento daquilo pago pelos títulos do tesouro norte americano) para dez anos caiu 5,8 pontos-base, a 4,33% – o que impacta o dólar. A curva de juros por lá ignorou a alta de quase 2% do petróleo, com o preço do barril Brent indo a US$ 81,55.
“O índice DXY, que mede a força do dólar frente a outras moedas importantes, caminha para encerrar novembro em sua cotação mais baixa desde agosto. A moeda norte-americana vem se desvalorizando à medida que as expectativas de juros nos Estados Unidos permanecem estáveis”, explica Diego Costa, head de câmbio para Norte e Nordeste da B&T Câmbio.
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“A perspectiva de que as autoridades monetárias encerraram seus ciclos de alta contribui para controlar o avanço dos juros atrelados aos títulos, levando a um maior fluxo para as bolsas e favorecendo as moedas de países emergentes, que se beneficiam com maior apetite do investidor”, acrescenta.
Frente ao real, o dólar caiu 0,57%, a R$ 4,871 na compra e a R$ 4,872 na venda. O fluxo de capital, além de fortalecer o real, também puxa o Ibovespa. A Bolsa brasileira voltou ao radar do capital estrangeiro e saldo em novembro promete ser o maior desde 2020.
A curva de juros brasileira fechou mista, mas sem grande amplitude. Os contratos para 2025 foram a 10,45%, com mais 3,5 pontos-base, e os para 2027, a 10,23%, com mais 2,5 pontos. Os DIs para 2029 ficaram estáveis, a 10,63%, e os para 2031 perderam quatro pontos, a 10,83%.
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Além da queda do juros nos Estados Unidos, e a melhora do humor com emergentes, o índice brasileiro foi também empurrado para cima pelas ações preferenciais da Petrobras (PETR4), que ganharam 1,51%. A alta veio após a já mencionada alta do petróleo, que veio após novas notícias envolvendo a Opep+, com a Arábia Saudita ainda pressionando os países participantes por mais cortes.
“O Ibov fechou em alta, ainda que os dados de inflação divulgados na manhã de hoje tenham vindo um pouco acima do esperado pelo mercado. Os dados não fizeram peso no nosso índice”, explica Cardozo.