Recomendações, recompra de ações e mais 7 notícias agitam o radar desta 2ª

Confira os principais destaques corporativos desta segunda-feira; a matéria será atualizada até a abertura da Bovespa às 10h (horário de Brasília)

Paula Barra

(Divulgação JBS Friboi)
(Divulgação JBS Friboi)

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo aparece bastante movimentado nesta segunda-feira (5). Entre os destaques, a Souza Cruz (CRUZ3informou nesta manhã que a British American Tobacco renunciou cláusula que condicionava à continuidade da OPA (Oferta Pública de Aquisição) das ações da companhia somente se dois terços dos acionistas aceitassem a operação. Pelo contrato atual, a BAT pode dar continuidade à oferta mesmo se atingir apenas um terço de aceitação dos acionistas.

A data do leilão da OPA segue no dia 15 de outubro. Em 22 de setembro, a Souza Cruz disse que o novo preço da OPA passa a ser de R$ 27,20 por ação. 

Oi
A Oi (OIBR4) comunicou que vai converter 66,84% de suas ações preferenciais em ordinárias. A companhia estima que em 9 de outubro os papéis preferenciais existentes na carteira de conversão serão convertidos em ordinários nas contas de custódia dos acionistas solicitantes mantidas na BM&FBovespa ou no Banco do Brasil; e a partir de 13 de outubro as ordinárias resultantes da conversão poderão ser negociadas na BM&FBovespa. 

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Segundo o Itaú BBA, é mais um acontecimento no plano da Oi para melhorar a governança corporativa. “A conversão de ações transfere liquidez às ações ON, que implica uma melhor governança e traz a Oi para mais perto de atender a regra ‘uma ação, um voto’ exigida pelo Novo Mercado”, disseram os analistas. 

Anima
A Anima (ANIM3) aprovou a recompra de até 3,65 milhões de ações ordinárias no período de 12 meses.   

Itaú Unibanco
Segundo fontes disseram à Bloomberg, o Itaú Unibanco (ITUB4) pretende vender até R$ 3 bilhões em créditos em atraso. 

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Recomendações

-JBS
O Goldman Sachs elevou a recomendação da JBS (JBSS3) para compra, com preço-alvo de R$ 20 diante de otimismo com a recuperação das margens da companhia no segmento de carnes dos Estados Unidos.

– Minerva
Por sua vez, a Minerva (BEEF3) foi rebaixada de compra para neutra pelo Goldman Sachs, dado o limitado upside (potencial de alta) das ações, assim como a falta de catalisadores para o papel. Já o preço-alvo foi elevado de R$ 12,00 para R$ 13,00 por ação. Com a revisão, o banco excluiu o papel da sua lista das ações que recomenda compra para as Américas. 

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-BRF
Além da Minerva, a BRF (BRFS3) teve sua recomendação cortada de neutra para venda pelo Goldman Sachs. 

-Shoppings
O Goldman Sachs ainda revisou suas projeções para o setor de shoppings. A Multiplan (MULT3) foi elevada de neutra para compra, com preço-alvo de R$ 49,00 por ação. O banco cita valuation atrativo do papel, sendo negociado a um prêmio de 28% contra seus pares. 

Já a Aliansce (ALSC3) foi rebaixada para neutra, em meio às incertezas sobre a piora macroeconômica, com preço-alvo de R$ 12,00 por ação. O banco ressaltou que a performance do papel piorou após rebaixamento do rating pela Standard & Poor’s e que a volatilidade da ação deve seguir alta.

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Para Iguatemi (IGTA3) e BR Malls (BRML3), os analistas citaram falta de catalisadores para os papéis, mantendo a recomendação em neutra, enquanto para BR Properties (BRPR3) eles seguiram com recomendação de venda.  

CCR
A CCR anunciou a compra de 70% da empresa norte-americana de serviços aeroportuários Total Airport Services por US$ 21,7 milhões. Após o comunicado, a companhia aprovou redução de 35,5% no dividendo intermediário que havia sido anunciado pela companhia em agosto. Com a redução, o dividendo aprovado anteriormente de R$ 0,76 por ação cairá para cerca de R$ 0,49 por papel. O pagamento ocorre em 30 de outubro com base na posição acionária até esta sexta-feira.

Segundo o Bradesco BBI, a decisão sobre dividendos sugere que alteração do contrato para NovaDutra pode ser anunciada em breve e que gestão está mantendo disciplina financeira. 

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Após a compra da prestadora norte-americana de serviços aeroportuários TAS, na sexta-feira, a CCR (CCRO3) segue à espreita para possíveis novas oportunidades de aquisições no Brasil e no exterior, afirmaram executivos da companhia. “Não estamos fechados para avaliar novos negócios fora do Brasil”, disse à Reuters o diretor de Novos Negócios da CCR, Leonardo Vianna.

Embora relativamente modesto em relação ao valor de mercado da CCR, de cerca de R$ 21 bilhões, o negócio fechado por US$ 21,7 milhões intensifica a busca por receita no exterior. Desde 2011, a CCR comprou fatias em administradoras de aeroportos no Equador, na Costa Rica e Curaçao. 

Ecorodovias
A Ecorodovias (ECOR3) informou que foi informada que a Primav e seu controlador CR Almeida contrataram assessores financeiros e jurídicos com o intuito de analisar alternativas estratégicas para reforçar a estrutura de capital da Primav. 
A CR Almeida detém 64% do grupo Ecorodovias por meio da Primav.

Alpargatas
O grupo Camargo Corrêa colocou à venda parte de seus negócios, entre eles a Alpargatas (ALPA4), dona da Havaianas, uma fatia da divisão de cimento InterCement e não descarta se desfazer da participação que tem na CPFL Energia (CPFE3), segundo apurou O Estado de S. Paulo. Os recursos serão usados para reduzir seu endividamento e como reserva para pagamento de pesadas multas. A Camargo Corrêa, uma das 23 empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato, fechou acordo de leniência (espécie de delação premiada de empresas) para devolver R$ 700 milhões aos cofres públicos.

Via Varejo
A Via Varejo (VVAR11) anunciou na semana passada substituição de Libano Barroso por Senhor Peter Estermann no cargo de diretor presidente. Em relatório, o Citi comentou que não gostou do anúncio e que a substituição ocorre em um cenário de extrema deterioração de vendas. “Acreditamos que um executivo com um histórico maior no varejo seria a melhor opção”, disseram os analistas.  

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