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SÃO PAULO – O ano de 2018 foi de grande volatilidade no cenário político-econômico. Tivemos guerra comercial entre Estados Unidos e China, eleições presidenciais no Brasil com vitória de Jair Bolsonaro (PSL), queda das taxas de juros no Brasil e aumento na dos EUA, entre outros.
Os mercados sofreram e enquanto algumas empresas viram suas ações afundarem no Ibovespa, outras surpreenderam e comemoraram ganhos de até 117,5%, como é o caso de Magazine Luiza (MGLU3).
Em uma retrospectiva do ano, o InfoMoney listou as 10 empresas brasileiras que mais subiram* e as 10 que mais caíram* na bolsa em 2018, seguindo alguns highlights dos principais destaques e eventos que afetaram as ações do índice. Confira:
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10 maiores altas do Ibovespa
Liderando as altas do Ibovespa no ano está Magazine Luiza (MGLU3), com ganhos de 126%%. A queridinha dos investidores subiu 17.733% em apenas três anos e apresentou ótimos resultados ao longo de 2018.
No terceiro trimestre, por exemplo, a companhia teve um aumento de 29% no lucro líquido e continuou a surpreender positivamente os acionistas, vendendo na Black Friday (fim de novembro) o equivalente a 15 dias normais.
Em segundo lugar no ranking está Cemig (CMIG4), que avançou 116,76%. Influenciado pelas eleições, o papel começou a subir com o avanço de Antonio Anastasia (PSDB) e com as perspectivas de que Fernando Pimentel (PT) não ganharia as eleições do governo de Minas Gerais.
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Quando Romeu Zema (Novo) ganhou força, o papel disparou, subindo 17,80% em 8 de outubro, na segunda-feira pós-primeiro turno. Neste cenário, qualquer discurso de privatização e venda de ativos da Cemig influenciava positivamente o desempenho das ações.
Também entre as grandes estrelas da bolsa no ano está Suzano (SUZB3), com alta de 104,73%. O papel começou a escalar na bolsa com as notícias de aprovação da fusão com a Fibria, resultando na maior empresa de papel e celulose do mundo. Além de ser uma empresa com bons fundamentos, Suzano se beneficia de uma alta do dólar e possui um alto potencial de sinergia com a Fibria.
Ainda nos destaques positivos do ano na bolsa está Petrobras (PETR4). Mesmo após a forte queda das ações nos últimos dois meses em meio à derrocada do petróleo, entraves na venda de ativos e impasse sobre a cessão onerosa, a estatal fechou o ano como uma das maiores altas do Ibovespa impulsionada pelo cenário eleitoral e com a visão positiva sobre a próxima gestão, de Roberto Campos Neto.
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A expectativa é de que ele continue fazendo o trabalho iniciado por Pedro Parente e continuado por Ivan Monteiro à frente da estatal, com práticas mais pró-mercado. Com isso, as ações PN subiram 51,67% no ano.
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Confira, abaixo, as ações que mais brilharam no Ibovespa em 2018:
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Ações | Ticker | Alta no ano |
1. Magazine Luiza | MGLU3 | 126,34% |
2. Cemig | CMIG4 | 116,76% |
3. B2W | BTOW3 | 104,98% |
4. Suzano | SUZB3 | 104,73% |
5. Gol | GOLL4 | 71,92% |
6. Fibria | FIBR3 | 52,64% |
7. Banco do Brasil | BBAS3 | 52,40% |
8. Petrobras (ON e PN) | PETR3; PETR4 | 51,67%; 46,84% |
9. Santander | SANB11 | 37,90% |
10. Natura | NATU3 | 37,44% |
As 10 maiores baixas do Ibovespa
A baixa mais brutal do Ibovespa neste ano foi da Cielo (CIEL3), com queda de 58,15%. A empresa que antes dominava o mercado de maquininhas, viveu em 2018 o seu “inferno astral”, marcado pelo aumento da concorrência, perda de participação no mercado e por uma política agressiva de preços do novo CEO, fazendo com que a empresa trocasse margem por market share.
Em novembro, o papel foi listado por gestores de fundos de ações em uma pesquisa feita pelo InfoMoney como uma das “black fraudes”, visto que embora o papel tenha caído muito, está longe de ser uma ‘pechincha’.
Outra ‘decepção’ na bolsa neste ano foi Qualicorp (QUAL3). A administradora de planos de planos de saúde coletivos começou a despencar quando o fundador da companhia, José Seripieri Filho, assinou um acordo que o impede de vender suas ações e abrir uma outra empresa no setor – os papéis chegaram a desabar 29% em apenas uma sessão por conta disso.
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Ainda no ranking das maiores baixas da bolsa está Kroton (KROT3), com queda de 50,03%. Assim como a Cielo, a Kroton também foi listada como uma das ‘black fraudes’ da Bolsa, visto que em um cenário sem Fies, o desafio da companhia agora é mostrar que consegue se manter sem contar com esse importante programa.
A BRF (BRFS3) também encerra o ano no vermelho, com queda de 40,08%. A empresa não para de acumular prejuízos, perdendo espaço no mercado interno e somando um rombo de mais de R$ 2,3 bilhões.
Outro destaque foi o programa de fidelidade Smiles (SMLS3), que caiu 39,31% com as propostas da Gol de não renovar o contrato com a Smiles em 2032, e de fechar o capital da empresa.
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Confira, abaixo, as ações que mais caíram na bolsa em 2018:
Ações | Ticker | Queda no ano |
1. Cielo | CIEL3 | 58,15% |
2. Qualicorp | QUAL3 | 56,90% |
3. Kroton | KROT3 | 50,03% |
4. BRF | BRFS3 | 40,08% |
5. Smiles | SMLS3 | 39,31% |
6. RD | RADL3 | 37,17% |
7. Fleury |
FLRY3 | 30,88% |
8. Ultrapar | UGPA3 | 27,31% |
9. CCR | CCRO3 | 26,84% |
10. Marfrig | MRFG3 | 25,41% |