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SÃO PAULO – A ausência de Eike Batista da lista dos cem bilionários mais ricos do planeta durou apenas um dia, com a recuperação das ações do grupo EBX. O destaque ficou com as ações da OGX Petróleo (OGXP3), que possuem o maior valor de mercado entre as empresas de Eike.
Eike Batista foi ajudado pela alta de 1,89% dos papéis OGXP3 na véspera, que representam cerca de um terço – ou US$ 3,6 bilhões – de sua fortuna. Os ganhos de 4,15% para os ativos da MPX Energia (MPXE3), de 2,43% dos papéis da OSX Brasil (OSXB3) e de 2,25% da CCX Carvão (CCXC3) no pregão da última quinta-feira também ajudaram. Isso apesar da baixa de 1,45% dos ativos da LLX Logística (LLXL3) e de 2,46% das ações da MMX Mineração (MMXM3) na última sessão.
Desta forma, o bilionário recuperou US$ 247,5 milhões de sua fortuna, voltando à 97ª posição, com fortuna estimada em US$ 11 bilhões. Entretanto, como a atualização do ranking é diária e o bilionário possui cerca de 74% de sua fortuna atrelados em companhias listadas na bolsa, ele pode voltar a sair do ranking em caso de uma queda expressiva das ações das empresas.
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Há cerca de dois anos, quando era o sétimo do ranking de bilionários da Bloomberg e da revista Forbes, Eike Batista afirmou que se tornaria o homem mais rico do mundo. Entretanto, desde lá, Eike perdeu dinheiro em 2012, com queda de US$ 10,1 bilhões em sua fortuna. Já em 2013, as perdas acumuladas foram de mais de US$ 1,4 bilhão.
Atualmente, Eike está a “apenas” US$ 200 milhões do último colocado da lista, o empresário russo Oleg Deripaska, com fortuna avaliada em US$ 10,8 bilhões. Na quarta-feira, Eike detinha a 93ª posição, com US$ 11,4 bilhões. Fazem parte do ranking ainda os brasileiros Jorge Paulo Lemann, da Ambev (AMBV4) e Lojas Americanas (LAME4), Dirce Camargo, da Camargo Côrrea e CCR (CCRO3) e e Joseph Safra, do banco Safra.
O que acontece com o bilionário?
O grupo EBX se vê pressionado há bastantes meses, desde que a OGX anunciou produção de petróleo muito abaixo do esperado. Desde então, mesmo com promessas de capitalização com dinheiro do próprio bolso, as empresas do megaempresário desabaram na BM&FBovespa.
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Eike, que era o homem mais rico do Brasil até seis meses atrás, perdeu na segunda-feira o posto de 3º mais risco do país para Joseph Safra.
Mesmo o aumento de produção no mês de janeiro não aliviou as cotações da OGX, principal empresa do grupo – que operam em patamares antes vistos apenas em 2008. A falta de credibilidade do grupo, com atrasos e problemas operacionais, tem atrapalhado todas as empresas do grupo – analistas de mercado chegam a falar de risco “X”. Contudo, os projetos de Eike Batista continuam em andamento, e aos preços atuais, há quem os considere bons investimentos para o longo prazo.