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SÃO PAULO – Após superar os 117 mil pontos, o Ibovespa fechou em queda com os investidores embolsando os lucros. Quem ganha destaque no índice foi a ação da MRV (MRVE3), que subiu 1,90% com o novo formato para aquisição da AHS. Já entre as baixas, a maior ficou com a B3 (B3SA3), com queda de 5,23%, após a CVM fazer proposta de mudança de regras de olho na concorrência.
Fora do índice, quem chamou atenção novamente foi o ativo da Technos (TECN3), que subiu 26% no último pregão. Nesta sessão, após chegar a subir 11,30%, os papéis da companhia viraram para queda e fecharam em baixa de 4,42%.
O que impulsionou os papéis na véspera é a notícia de que o banco de investimento americano Morgan Stanley adquiriu 8,5 milhões de ações ordinárias da empresa, o que representa 10,9% do seu capital social.
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Também fora do índice, as ações que saltaram foram da Tecnosolo (TCNO3;TCNO4), com alta de 56,76% para os ativos ordinários e de 24,17% para os ativos preferenciais. Esse movimentou aconteceu um dia após a empresa, em recuperação judicial, comunicar que equacionou as pendências relacionadas à anuidade de 2018 com a bolsa. Com isso, foi afastada a aplicação da sanção de cancelamento de listagem da companhia na bolsa.
Confira os destaques desta sexta-feira (27):
Maiores altas
Ativo | Variação % | Valor (R$) |
---|---|---|
MRVE3 | 1.90432 | 21.94 |
CVCB3 | 1.44728 | 44.16 |
WEGE3 | 1.40603 | 35.34 |
CSAN3 | 1.38989 | 70.03 |
AZUL4 | 1.27913 | 57.8 |
Maiores baixas
Ativo | Variação % | Valor (R$) |
---|---|---|
B3SA3 | -5.23044 | 44.21 |
CSNA3 | -3.72414 | 13.96 |
VVAR3 | -2.54237 | 11.5 |
LAME4 | -2.10131 | 26.09 |
PCAR4 | -1.84281 | 88.42 |
Vale (VALE3)
A Vale informou nesta sexta-feira que vendeu por US$ 152 milhões (R$ 615,6 milhões) a sua participação de 25% na empresa chinesa Henan Longyu Energy Resources Co. Segundo comunicado enviado à CVM, a compradora é outra empresa chinesa, o grupo Yongmei. A Longyu opera duas minas de carvão na província de Henan, com uma produção ao redor de 3,4 milhões de toneladas de carvão térmico e metalúrgico. “O fechamento da operação (de venda) é esperado para o primeiro trimestre de 2020, após a conclusão de condições precedentes à transferência de participação”, informa a Vale. Segundo a empresa, o objetivo da venda é racionalizar o portfólio das operações da mineradora.
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Banco do Brasil (BBAS3)
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a parceria entre BB Banco de
Investimento e o UBS A.G. – Suíça para atuação em atividades de banco de investimentos e de corretora de títulos e valores
mobiliários no segmento institucional, segundo comunicado ao mercado.
Localiza (RENT3)
O Conselho da Localiza aprovou bonificação de ações, à razão de 5%, que corresponderá à emissão de 36,1 mi de novas
ações ON, disse a companhia em comunicado. Uma nova ação ON será emitida para cada 20 ações ON possuídas,
com custo unitário atribuído de R$ 18,78315917.
As ações em tesouraria, bem como programas de opção de compra de ações, serão ajustados na mesma proporção. A decisão foi tomada em reunião em 12 de dezembro e novas ações emitidas beneficiarão acionistas proporcionalmente à participação acionária em 20 de dezembro.
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B3 (B3SA3)
As ações da B3 registram forte queda após a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) apresentar propostas para aperfeiçoar o ambiente de negociação de ativos no país.
A autarquia abriu audiência pública nesta sexta (até 28 de fevereiro) com três propostas para o mercado de negociação de valores mobiliários, considerando uma possível elevação da competição.
A CVM divulgou três minutas. A Minuta A, que pretende substituir a Instrução CVM 461 introduzindo novas disposições na regulamentação sobre o funcionamento dos mercados regulamentados de valores mobiliários e sobre a constituição, organização e funcionamento das entidades administradoras de mercado organizado.
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A Minuta B, que dispõe sobre a constituição, a organização e o funcionamento da autorregulação unificada dos mercados organizados e das infraestruturas de mercado financeiro atuantes no mercado de valores mobiliários, assim entendidas as entidades que realizam, cumulativa ou isoladamente, o processamento e a liquidação de operações, o registro e o depósito centralizado de valores mobiliários.
Já a Minuta C altera, principalmente, a Instrução CVM 505 para dispor sobre a execução de ordens no interesse do cliente em contexto de concorrência entre ambientes de negociação (best execution).
Vale ressaltar que, nesta semana, as ações já haviam caído após ser anunciada a conclusão de um processo de arbitragem com a ATS. Isso abre caminho para que ela acesse a central depositária da B3 de forma a prestar serviços como plataforma de negociação de renda variável.
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MRV (MRVE3)
A MRV Engenharia e Participações alterou a proposta sobre AHS a ser discutida em AGE em 31 de janeiro. A companhia ponderou comentários que recebeu de acionistas em relação a eventuais procedimentos relacionados à estrutura do potencial investimento na AHS Residential.
A proposta alterada inclui: incorporar a valor de NAV a totalidade da participação indireta de Rubens Menin na AHS Residential, ratificar o investimento originalmente previsto no plano de negócios apresentado em 04 de setembro, estimado em US$ 236 milhões e a criação de uma estrutura de earn-out via bônus de subscrição de emissão da MRV.
A construtora ainda aprovou na noite de ontem a incorporação da sua subsidiária MDI Desenvolvimento Imobiliário na empresa matriz, uma operação avaliada em R$ 685,7 milhões, através da emissão de 37,2 milhões de ações ordinárias.
A AHS Residential é uma incorporadora com sede na Flórida controlada pelo fundador da MRV, Rubens Menin, que
atualmente detém 32% da MRV. No início de setembro, as notícias sobre a possível aquisição pesaram sobre as ações da MRV em meio a preocupações sobre a questão de partes relacionadas envolvida na transação.
Segundo o Credit Suisse, a nova estrutura da transação ameniza diversas preocupações relacionadas aos conflitos de interesse que estavam colocados sob a estrutura anterior. Apesar da melhora na parte de governança, os analistas ainda veem valuation caro. A AHS parece um bom negócio, mas histórico parece muito pequeno para justificar prêmio elevado, apontam.
Petrobras (PETR3;PETR4)
A Petrobras eleva, em média, em 5% os preços de venda do gás liquefeito de petróleo (GLP) em suas refinarias e bases a partir desta sexta-feira.
O reajuste é válido para todos os tipos de GLP, desde o residencial, conhecido como gás de cozinha nos botijões de 13 quilos, até o industrial e comercial, vendidos em vasilhames de 20 kg, 45 kg e acima de 90 kg, incluindo a granel.
BR Distribuidora (BRDT3)
A BR Distribuidora assinou nesta quinta-feira com MDC I Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia, gerido pela Pacífico Administração de Recursos, contrato para a venda da totalidade de sua participação na CDGN Logística por R$ 25,373 milhões.
Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa explica que o valor da venda será ajustado conforme regras contratuais e pago no fechamento da operação, que está sujeita à aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A empresa lembra que detém 49% da CDGN. Os outros 51% pertencem à MDCPAR.
Segundo a BR, a CDGN Logística é uma sociedade anônima que atua há 12 anos no mercado de logística de gás natural comprimido (GNC) atendendo clientes dos segmentos industrial e de distribuição de gás em todo o território nacional. A sede da companhia está localizada no município do Rio de Janeiro.
“A operação está alinhada à iniciativa Gestão de Portfólio, que tem como objetivo expandir os segmentos operacionais com maior potencial de criação de valor para a companhia”, diz.
BRF (BRFS3)
A BRF contratou uma linha de crédito rotativo de três anos, no valor de R$ 1,5 bilhão, com o Banco do Brasil. A operação foi aprovada em uma reunião do Conselho de Administração da empresa, realizada no dia 19 em São Paulo. Na reunião o Conselho também aprovou a política de gestão de riscos financeiros da empresa.
Rossi (RSID3)
A Construtora Rossi Residencial assinou ontem um memorando com o Banco Bradesco, para quitar em 180 dias uma dívida de R$ 800 milhões que possui com a instituição. A decisão foi tomada em uma reunião do Conselho da Rossi, na qual a empresa decidiu “reduzir o nível de alavancagem”. Segundo a construtora, este débito com o Bradesco representa 70% do seu endividamento. A Rossi informou que pagará ao Bradesco através da alienação ou venda de ativos. “A renegociação permitirá uma queda significativa nas despesas financeiras projetadas para os próximos anos, permitindo que a companhia direcione seu caixa para novos desenvolvimentos e para a retomada do ciclo de lançamentos”, informou a Rossi em Fato Relevante publicado na CVM.
Triunfo (TPIS3)
A Trinfo Participações e Investimentos S.A. comunicou ontem à CVM que chegou a um acordo com o BNDES para “repactuar” a dívida de R$ 792 milhões da sua subsidiária Concebra – Concessionária das Rodovias do Brasil Central – com o banco estatal. Segundo a Triunfo, o BNDES perdoou os encargos moratórios da dívida, através de um bônus de adimplemento. A repactuação prevê que a Concebra destinará 27% do seu faturamento mensal para pagar o serviço da dívida. A Triunfo também informou que conseguiu mudar o indexador da dívida da TJLP mais 2% ao ano para a TLP mais 2% ao ano.
Sabesp (SBSP3)
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) assinou um protocolo de intenções com a agência de fomento Desenvolve SP, do governo estadual paulista. Segundo o documento, empresas fornecedoras da Sabesp terão acesso a crédito na agência estatal para executar obras e serviços de saneamento no Projeto do Novo Rio Pinheiros. Lançado no ano passado pelo governador João Doria (PSDB), este projeto tem o plano ambicioso de despoluir o Rio Pinheiros, que corta as zonas Sul e Oeste da capital paulista. Atualmente, o Pinheiros e seu principal afluente, o Jurubatuba, são totalmente poluídos. No comunicado enviado à CVM, a Sabesp não detalhou qual é a soma que a Desenvolve SP destinará ao projeto.
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(Com Agência Estado e Bloomberg)