Ambev afunda 4% após resultado e Vale zera perdas; veja mais destaques

Do lado de cima do índice, aparecem as exportadoras que são beneficiadas pela valorização do dólar; Petrobras despenca mais de 3%

Leonardo Silva

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SÃO PAULO – Em uma quinta-feira (31) bem agitada na Bovespa com a repercussão de diversos resultados trimestrais, o destaque fica com a forte queda da Ambev (ABEV3, R$ 15,73, -4,09%), após a divulgação dos dados operacionais ficarem abaixo das projeções médias do mercado, e Petrobras (PETR3, R$ 18,06, -3,32%; PETR4, R$ 19,18, -3,38%), que recua mais de 3%. 

Do lado de cima, destaque para Suzano (SUZB5, R$ 8,71, +2,23%), CSN (CSNA3, R$ 11,34, +1,16%), Fibria (FIBR3, R$ 22,28, +1,18%) e Usiminas (USIM5, R$ 8,02, +0,63%) que sobem, sendo beneficiadas pela valorização do dólar nesta sessão, uma vez que suas receitas são atreladas à moeda norte-americana.

Veja os destaques da Bolsa:

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Vale (VALE3, R$ 32,30, +0,25%; VALE5, R$ 28,95, +0,07%)
As ações da Vale oscilam bastante nesta sessão. Depois de abrirem em queda de quase 1%, os papéis ganharam força mas já amenizam o desempenho e operam entre leves perdas e ganhos. A mineradora informou hoje que registrou lucro de R$ 3,187 bilhões no segundo trimestre, abaixo da expectativa do mercado de resultado de R$ 5 bilhões, mas 283% maior na comparação com o mesmo período do ano anterior. 

A Vale espera oferta de 140 mil toneladas de minério de ferro em 2014, contra 120 mil toneladas no ano anterior, disseram em teleconferência executivos da Vale, incluindo Murilo Ferreira, presidente, e José Carlos Martins, diretor executivo de ferrosos e estratégia.

Segundo eles, a demanda por minério de ferro cresceu mais rápido do que esperado. “A Vale tem grande potencial para melhorar resultados e está otimista com capacidade de ampliar margens”, disseram. 

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Ambev (ABEV3, R$ 15,73, -4,09%)
As ações da Ambev acentuam as perdas repercutindo o resultado trimestral da empresa divulgado nesta quinta-feira. O lucro líquido de R$ 2,2 bilhões de reais entre abril e junho, alta de 15,9% na comparação anual. Apesar do avanço, a margem de rentabilidade da empresa foi impactada pelo mix de embalagens no período. Para a equipe de análise da Planner, os números ficaram abaixo das projeções médias do mercado.

A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou 3,3 bilhões de reais no trimestre, alta de 2,7 por cento sobre um ano antes, mas abaixo da projeção de analistas de 3,6 bilhões.

Karsten (CTKA3, R$ 2,20, +81,82%CTKA4, R$ 1,00, +19,05%)
As ações da Karsten voltam a disparar depois que a companhia confirmou que fará aumento de capital no valor mínimo de R$ 40 milhões e máximo de R$ 45 milhões, mediante emissão de novas ações ordinárias e preferenciais. Na semana passada,  os papéis da companhia, que fabricante de itens de cama, mesa e banho, um dia antes que ela informou que estava em negociações confidenciais para um aumento de capital. De lá para cá, a alta supera 140%. 

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Ontem à noite, veio a confirmação de que os acionistas controladores concordaram em fazer com que seja deliberado, pelo conselho de administração da companhia, submeter à Assembleia Geral da companhia proposta sobre aumento de capital. Segundo a empresa, todos os acionistas terão direito de preferência para subscrever as ações que vierem a ser emitidas em razão do referido aumento. A proposta de preço de emissão das ações no âmbito do aumento de capital, assim como todas as demais condições, será determinada pelo conselho de administração da empresa, em reunião a ser realizada em 31 de julho.

Exportadoras
Driblando a forte queda do Ibovespa após a divulgação de diversos resultados, as ações das exportadoras sobem hoje beneficiadas pela valorização do dólar nesta sessão, uma vez que suas receitas são atreladas à moeda norte-americana. Entre as companhias, destaque para Suzano (SUZB5, R$ 8,71, +2,23%), CSN (CSNA3, R$ 11,34, +1,16%), Fibria (FIBR3, R$ 22,28, +1,18%) e Usiminas (USIM5, R$ 8,02,+0,63%). No mesmo momento, o dólar registrava alta de 0,99%, a R$ 2,263 na compra e R$ 2,265 na venda.

EDP Energias BR (ENBR3, R$ 10,61, -1,49%)
As ações da Energia Brasil repercutem negativamente o resultado trimestral da companhia. A empresa apresentou um aumento de 311,7% no lucro líquido, atingindo R$ 183,6 milhões no segundo trimestre de 2014, ante R$ 44,6 milhões no mesmo período do ano anterior. 

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O lucro da empresa foi impulsionado principalmente pelo crescimento de 31,6% do Ebitda da companhia. No trimestre, geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização atingiu R$ 430,1 milhões.

Já a receita líquida da empresa mostrou um crescimento de 12,2% na comparação anual e atingiu R$ 1.767,6 milhão.Segundo a equipe de análise da XP Investimentos, o desempenho no trimestre foi fraco, mas compensado pela alienação de parte dos ativos. “O resultado reflete as adversidades que o setor de energia elétrica enfrenta”, completou a corretora. 

Santos Brasil  (STBP11, R$ 14,88, -1,78%)
As ações da Santos Brasil iniciam o pregão em queda, após a empresa divulgar uma queda de 56,3% no lucro líquida neste segundo trimestre. De abril a junho, o lucro da empresa foi de R$ 25,2 milhões, ante R$ 55,8 na comparação anual. 

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Segundo a empresa,o resultado foi impactado pelos custos e despesas não recorrentes gerados no processo de reorganização interna promovido pela companhia e por um diferente mix de perfil de serviços, recebendo mais operações de transbordo que eram pouco representativas durante a primeira metade de 2013.

Já a receita líquida da empresa reportou uma queda de 21,1% na comparação anual, atingindo R$ 262,4 milhões no segundo trimestre de 2014, ante R$ 332,5 milhões apresentados no mesmo período do ano anterior.

Santander (SANB11, R$ 15,37, -1,60%) e Bradesco (BBDC4, R$ 34,78, -0,37%)
As ações dos bancos Santander e Bradesco caem hoje após divulgação dos resultados. O Santander Brasil anunciou que teve lucro líquido de R$ 527,5 milhões no segundo trimestre. A previsão média de analistas ouvidos pela Reuters apontava para lucro recorrente de R$ 1,28 bilhão no período. Segundo a equipe de análise da XP Investimentos, a instituição reportou um resultado operacional favorável, surpreendendo positivamente as expectativas com relação ao grupo e segmento, mesmo com o porte considerável, capilaridade e correlação com o desenvolvimento econômico nacional.

Por sua vez, o Bradesco reportou um lucro líquido de R$ 3,778 bilhões no período, alta anual de 28,1%. A previsão média de oito analistas ouvidos pela Reuters apontava para lucro recorrente de R$ 3,59 bilhões no período.

Embraer (EMBR3, R$ 21,76, +0,74%)
As ações da Embraer aparecem como uma das maiores altas do Ibovespa após a empresa mostrar forte lucro no segundo trimestre, favorecida pela redução de imposto de renda e pelo aumento da receita com entregas de aeronaves, revertendo resultado negativo registrado um ano antes. A terceira maior fabricante de aeronaves comerciais do mundo teve lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 319,8 milhões de abril a junho, contra resultado negativo de R$ 9,9 milhões no mesmo período de 2013.

Para a XP Investimentos, a instituição se encontra em tendência atrativa se comparado com o ambiente econômico brasileiro, devido ao fato de que o desempenho do ativo se direciona de forma descorrelacionada com o desenvolvimento econômico brasileiro e efeitos eleitorais.